Racionalismo, ceticismo e a coerência do Commentaire Philosophique de Bayle

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v22i1.98420

Resumo

O Commentaire philosophique (CP) de Pierre Bayle, de 1686-88, é amplamente reconhecido como um dos primeiros e mais radicais apelos à tolerância religiosa universal no Ocidente (Zagorin 2003, 240-88). Tem também a reputação de ser um texto notoriamente difícil de interpretar. A principal questão interpretativa do CP é que a segunda parte (CP II) parece minar totalmente a primeira parte (CP I): o que começa como a obra de um Racionalista parece terminar como a obra de um Cético. Depois de demonstrar a imoralidade da perseguição, a obra prossegue para demonstrar que qualquer pessoa que esteja sinceramente convencida de que deve perseguir tem, de facto, a obrigação moral de perseguir. O artigo explora duas abordagens que visam dar conta dos paradoxos interpretativos presentes neste texto de Bayle, defendendo uma posição intermediária entre as leituras Paradoxal e Coerente.

Biografia do Autor

Michael Hickson, Trent University

Dr. Michael Hickson received his PhD in Philosophy from the University of Western Ontario in 2010. Before joining the Trent Philosophy Department, Dr. Hickson was awarded a Research Fellowship at the University of Notre Dame (2010-2011) and was an Assistant Professor at Santa Clara University in Santa Clara, California (2011-2013). His recent research has focused on the history of seventeenth-century philosophy, especially Bayle, Descartes, skepticism, and the problem of evil. His research increasingly includes historical and contemporary issues related to conscience and toleration.

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Publicado

24-09-2025

Como Citar

Hickson, M. (2025). Racionalismo, ceticismo e a coerência do Commentaire Philosophique de Bayle. DoisPontos, 22(1). https://doi.org/10.5380/dp.v22i1.98420