As bruxas de Federici: um ensaio para Jaider Esbell
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95991Palavras-chave:
Silvia Federici, capitalismo, bruxa, colonialismo, Jaider EsbellResumo
O artigo pretende recuperar alguns dos traços fundamentais da interpretação do capitalismo feita por Silvia Federici na obra O Calibã e a Bruxa. Neste sentido, são analisados os conceitos de corpo administrado e de acumulação primitiva do capital. Procuro mostrar que Federici tem uma concepção ampla dos cercamentos, pois entende que o capitalismo acumula diferenças entre indivíduos e grupos de modo a potencializar a produção de valor e de mais valor. A figura da bruxa, estigma da mulher que deve ser submetida ao Estado e ao marido é exemplar desse processo de acumulação primitiva. Ao lado desta, está a figura de Calibã, personagem shakespeareana responsável por expressar a luta anticolonial. Eu me valho da presença dessa figura na obra de Federici para refletir sobre a existência trágica, e anticolonial, do artista indígena contemporâneo Jaider Esbell.
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