As bruxas de Federici: um ensaio para Jaider Esbell

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95991

Palavras-chave:

Silvia Federici, capitalismo, bruxa, colonialismo, Jaider Esbell

Resumo

O artigo pretende recuperar alguns dos traços fundamentais da interpretação do capitalismo feita por Silvia Federici na obra O Calibã e a Bruxa. Neste sentido, são analisados os conceitos de corpo administrado e de acumulação primitiva do capital. Procuro mostrar que Federici tem uma concepção ampla dos cercamentos, pois entende que o capitalismo acumula diferenças entre indivíduos e grupos de modo a potencializar a produção de valor e de mais valor. A figura da bruxa, estigma da mulher que deve ser submetida ao Estado e ao marido é exemplar desse processo de acumulação primitiva. Ao lado desta, está a figura de Calibã, personagem shakespeareana responsável por expressar a luta anticolonial. Eu me valho da presença dessa figura na obra de Federici para refletir sobre a existência trágica, e anticolonial, do artista indígena contemporâneo Jaider Esbell.

Biografia do Autor

Silvana de Souza Ramos, Universidade de São Paulo (USP)

Docente do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, Pesquisadora do CNPq, com Bolsa de Produtividade em Pesquisa.

Downloads

Publicado

31-01-2025

Como Citar

Ramos, S. de S. (2025). As bruxas de Federici: um ensaio para Jaider Esbell. DoisPontos, 21(3). https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95991

Edição

Seção

Hegel e Marx e a Contemporaneidade