Práticas críticas de si: o pensamento hegemônico em xeque
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95678Palavras-chave:
pensamento hegemônico, heteronormatividade, colonialidade, práticas críticas de siResumo
Com base nas reflexões de Aníbal Quijano, Monique Wittig, María Lugones e Glória Anzaldúa, foi possível compreender que há um modo hegemônico de pensar que opera com base em categorias heteronormativas coloniais binárias e, a partir dessas, funciona num modo universalizante. Se o pensamento hegemônico é marcadamente heteronormativo, colonial e neoliberal, e opera por meio de categorias que naturalizam diferenças numa chave binária e desigual, produzindo, assim, efeitos práticos materiais opressivos, recusá-lo significa realizar um processo de descolonização do próprio modo de pensar, o que pressupõe não apenas criticar suas categorias dicotômicas, seu modo universalizante de operar e seus efeitos destrutivos, mas que tal crítica de desdobra no que denominei, inspirada por Foucault e Butler, de práticas críticas de si, ou seja, uma internalização cotidiana da crítica e abertura para outros modos de pensar e viver as relações a si, com os outros e para com a verdade.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Juliana Ortega Aggio

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores mantêm os direitos autorais e concedem a Doispontos o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) antes da publicação ou repositório institucional/temático após a publicação, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).