Práticas críticas de si: o pensamento hegemônico em xeque

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95678

Palavras-chave:

pensamento hegemônico, heteronormatividade, colonialidade, práticas críticas de si

Resumo

Com base nas reflexões de Aníbal Quijano, Monique Wittig, María Lugones e Glória Anzaldúa, foi possível compreender que há um modo hegemônico de pensar que opera com base em categorias heteronormativas coloniais binárias e, a partir dessas, funciona num modo universalizante. Se o pensamento hegemônico é marcadamente heteronormativo, colonial e neoliberal, e opera por meio de categorias que naturalizam diferenças numa chave binária e desigual, produzindo, assim, efeitos práticos materiais opressivos, recusá-lo significa realizar um processo de descolonização do próprio modo de pensar, o que pressupõe não apenas criticar suas categorias dicotômicas, seu modo universalizante de operar e seus efeitos destrutivos, mas que tal crítica de desdobra no que denominei, inspirada por Foucault e Butler, de práticas críticas de si, ou seja, uma internalização cotidiana da crítica e abertura para outros modos de pensar e viver as relações a si, com os outros e para com a verdade.

Biografia do Autor

Juliana Ortegosa Aggio, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Universidade Federal da Bahia (UFBA)

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Publicado

31-01-2025

Como Citar

Aggio, J. O. (2025). Práticas críticas de si: o pensamento hegemônico em xeque. DoisPontos, 21(3). https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95678

Edição

Seção

Hegel e Marx e a Contemporaneidade