Governo do tempo: a circulação migratória e as fronteiras da espera

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95067

Palavras-chave:

Biopolítica, governo do tempo, hospitalidade, Michel Foucault, Benjamin Boudou

Resumo

O presente artigo pretende compreender como o controle do tempo nas experiências migratórias de natureza forçada pode ser pensado como uma tecnologia biopolítica. Para isso, pretende-se resgatar o pensamento filosófico de Michel Foucault em torno da noção de governamentalidade, associando-o à análise de Benjamin Boudou sobre os limites temporais da hospitalidade, tendo como fio condutor a relação entre a regulação da circulação espacial do migrante e o problema do tempo de espera para ser acolhido. Além da distribuição espacial das populações indesejáveis em campos de retenção como estratégia para tratar dos migrantes pobres e miseráveis, propõe-se uma reflexão crítica a respeito da espera por parte dos dispositivos de segurança, cujas restrições delimitam as fronteiras de uma comunidade política e democrática.

Biografia do Autor

Cesar Candiotto, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, Paraná

Thayná de Castro Saczuk, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Doutoranda do PPGF-PUCPR

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Publicado

31-01-2025

Como Citar

Candiotto, C., & Saczuk, T. de C. (2025). Governo do tempo: a circulação migratória e as fronteiras da espera. DoisPontos, 21(3). https://doi.org/10.5380/dp.v21i3.95067

Edição

Seção

Hegel e Marx e a Contemporaneidade