A árvore platônica das Formas: uma visão comparativa das concepções das Formas na República (V-VII) e no Sofista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v21i2.94606

Palavras-chave:

Platão, Formas, linha segmentada, árvore das Formas

Resumo

O intento deste ensaio é mostrar que o diálogo Sofista nos apresenta a concepção madura das Formas na filosofia de Platão. Essa concepção difere em vários aspectos importantes da concepção inicial das Formas presente nos chamados diálogos médios, em especial nos Livros V-VII da República. Para tanto, minha estratégia retórica e argumentativa consiste em contrastar a imagem da linha segmentada explicitamente proposta por Platão na República como símbolo dessa concepção inicial com a imagem da árvore das Formas enquanto imagem simbólica da concepção madura. Embora não diretamente proposta por Platão, essa imagem clássica, derivada da Isagoge de Porfírio, remonta diretamente ao método de divisão operado no Sofista. Através do contraste entre essas duas imagens simbólicas, apresento inicialmente as diferenças entre as concepções das Formas inscritas na imagem da linha segmentada e a imagem da árvore das Formas. Em seguida, apresento duas diferenças fundamentais entre essas concepções. A primeira diz respeito a duas distintas imagens da dialética presentes na República e no Sofista. A segunda delas consiste no apagamento da diferença entre dianoia e nous fundamental na República, dando lugar à supremacia da dianoia no Sofista.

Biografia do Autor

Nazareno Eduardo de Almeida, UFSC

Professor nas áreas de Metafísica e Filosofia Antiga do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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Publicado

2024-08-30

Como Citar

Almeida, N. E. de. (2024). A árvore platônica das Formas: uma visão comparativa das concepções das Formas na República (V-VII) e no Sofista. DoisPontos, 21(2). https://doi.org/10.5380/dp.v21i2.94606

Edição

Seção

Dossiê Contra Platonem