A dialética do fim da arte em Adorno: repressão e resgate da sensibilidade recalcada
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v15i2.62582Palavras-chave:
Adorno, obras de arte, desartificação, abalo, realidade latente, historiografia inconsciente de si mesma.Resumo
Embora Adorno tenha abordado predominantemente o problema do “fim da arte” como um processo repressivo
de liquidação da arte levado adiante pela dominação da indústria cultural, ele viu uma possibilidade promissora para
o conceito de desartificação (Entkunstung) em sua Teoria Estética. Ali, ele reconheceu uma tendência evolutiva desse
conceito pela intensificação do tremor de uma subjetividade fixa através da experiência da não‑identidade e de
uma possível reconciliação com uma natureza não inteiramente submetida à exploração. O objetivo deste trabalho
é examinar a articulação de duas teses em Adorno: uma que antecipa o fim da arte em uma sociedade sem classes,
relacionado à superação da tensão entre o real e o possível, e uma segunda que reconhece na expressão artística
conhecida alguma promessa de felicidade, ao apontar para uma realidade latente que insiste em retornar, na medida
em que as obras de arte são a “historiografia inconsciente de si mesma de sua época.”
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