O deficit ontológico da psicanálise: Foucault leitor de Hyppolite
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v14i1.49201Palavras-chave:
antropologia, ontologia, humanismo, anti-humanismo, psicanálise, fenomenologiaResumo
O presente artigo procura lançar luz sobre a leitura que Foucault faz da psicanálise em sua introdução à Sonho e existência, de Ludwig Binswanger. De um ponto de vista estrutural, trata-se de mostrar que frente à analítica existencial do psiquiatra suíço, a psicanálise freudiana aparece como um método interpretativo limitado pois restrito a uma compreensão antropológica dos sonhos. Em contrapartida, em Binswanger, encontraríamos um método mais profundo de interpretação, já que ao lado de uma compreensão empírica do sonho, o psiquiatra existencialista propõe ainda uma compreensão transcendental deste; propõe que os sonhos sejam reveladores não somente da história individual de cada um, mas da própria condição existencial e ontológica do homem. De um ponto de vista genético, procuraremos mostrar que essa leitura que Foucault propõe da psicanálise é devedora de certa história da loso a feita por Jean Hyppolite, mais especi camente, da maneira como este leu Hegel e Heidegger.
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