Do espetáculo ao encarceramento: os destinos da morte na filosofia de Foucault (1971-1975)
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v14i1.48682Palavras-chave:
Foucault, morte, vida, soberania, anátomo-política, biopoderResumo
O presente artigo pretende analisar o processo que, de acordo com Foucault, levou ao abandono da morte pelo poder durante a transição do poder soberano para o disciplinar, na virada do século XVIII para o século XIX. Para tanto, assumindo a perspectiva das práticas punitivas, privilegiada pelo lósofo francês, buscaremos compreender, primeiramente, o papel assumido pela morte na justiça soberana. Em seguida, acompanharemos as transformações nas táticas punitivas motivadas pela consolidação do capitalismo, no bojo das quais o encarceramento emerge como forma de punição privilegiada. Em um terceiro passo, pretendemos identi car, sob essas modi cações nas técnicas de punição, transformações mais profundas nas relações entre o poder, o corpo e a vida, que implicam a desquali cação da morte pelo poder. Finalmente, e à guisa de conclusão, mostraremos que Foucault concebe um novo regime de presença da morte no seio do poder disciplinar.
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