Do espetáculo ao encarceramento: os destinos da morte na filosofia de Foucault (1971-1975)

Autores

  • Fábio Luís Ferreira Nóbrega Franco Doutorando do Programa em Filoso a, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v14i1.48682

Palavras-chave:

Foucault, morte, vida, soberania, anátomo-política, biopoder

Resumo

O presente artigo pretende analisar o processo que, de acordo com Foucault, levou ao abandono da morte pelo poder durante a transição do poder soberano para o disciplinar, na virada do século XVIII para o século XIX. Para tanto, assumindo a perspectiva das práticas punitivas, privilegiada pelo lósofo francês, buscaremos compreender, primeiramente, o papel assumido pela morte na justiça soberana. Em seguida, acompanharemos as transformações nas táticas punitivas motivadas pela consolidação do capitalismo, no bojo das quais o encarceramento emerge como forma de punição privilegiada. Em um terceiro passo, pretendemos identi car, sob essas modi cações nas técnicas de punição, transformações mais profundas nas relações entre o poder, o corpo e a vida, que implicam a desquali cação da morte pelo poder. Finalmente, e à guisa de conclusão, mostraremos que Foucault concebe um novo regime de presença da morte no seio do poder disciplinar.

Biografia do Autor

Fábio Luís Ferreira Nóbrega Franco, Doutorando do Programa em Filoso a, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Doutorando em Filosofia na mesma instituição.

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Publicado

26-11-2017

Como Citar

Franco, F. L. F. N. (2017). Do espetáculo ao encarceramento: os destinos da morte na filosofia de Foucault (1971-1975). DoisPontos, 14(1). https://doi.org/10.5380/dp.v14i1.48682

Edição

Seção

Foucault