Vida, instinto e libido na obra de Merleau-Ponty

Autores

  • Silvana Souza Ramos Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v13i3.45359

Palavras-chave:

Merleau-Ponty, fenomenologia, vida, instinto, libido, simbólico

Resumo

Primeiro, mostramos que a ordem humana, descrita n’A estrutura do comportamento e fundamentada na Fenomenologia da percepção, aparece como uma superação dialética do comportamento vital, de modo que a existência humana ultrapassa a monotonia do instinto, ensejando a abertura ao simbólico. Segundo, discutimos como a concepção de vida – surgida nos anos 1950, especialmente nos cursos sobre a instituição e a passividade, e desdobrada nos cursos sobre o conceito de Natureza – permite descrever o instinto segundo a noção de Stiftung. Nestes termos, a vida deixa de ser remetida à monotonia instintiva e passa a ser compreendida segundo o modelo expressivo de temporalidade. Por fim, discutimos como esse movimento aproxima vida e subjetividade, sugerindo problemas concernentes ao papel da libido. Pois, a partir do momento em que o simbólico se institui no seio do comportamento instintivo, como é ainda possível assegurar a especificidade da libido humana perante a expressividade do comportamento biológico?

Biografia do Autor

Silvana Souza Ramos, Universidade de São Paulo

Professora do Departamento de Filosofia da USP

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Publicado

2016-12-28

Como Citar

Ramos, S. S. (2016). Vida, instinto e libido na obra de Merleau-Ponty. DoisPontos, 13(3). https://doi.org/10.5380/dp.v13i3.45359

Edição

Seção

Filosofia da Psicanálise