Foucault e o fim do poder moderno

Autores

  • Monica Loyola Stival Departamento de filosofia, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos, SP, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v13i2.43043

Palavras-chave:

poder, representação política, Foucault, Lebrun, Hobbes

Resumo

Este artigo dedica-se a esclarecer a crítica de Foucault à noção moderna de poder, noção que sustenta o conceito político de representação. Para entender a necessidade de recusar a noção jurídica de poder gestada na modernidade, vou contrapor a maneira como Lebrun entende o poder hobbesiano e a maneira como Foucault o descreve. Lebrun e Foucault divergem a respeito do que é a essência do poder moderno, embora concordem em ver no sentido jurídico do poder o espírito despótico da representação política. Assim, por meio dessas diferentes leituras de Hobbes, pretendo explicitar o sentido da crítica foucaultiana ao conceito moderno de poder. Essa crítica não se reduz à simples inversão do sentido moderno (hobbesiano) de poder, desviando o olhar da constituição do Soberano à constituição dos súditos; ela implica reconhecer no conceito de “poder”, particularmente em seu sentido jurídico, o espírito despótico da representação política e, com isso, a necessidade de ultrapassa-lo.

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Publicado

09-08-2016

Como Citar

Stival, M. L. (2016). Foucault e o fim do poder moderno. DoisPontos, 13(2). https://doi.org/10.5380/dp.v13i2.43043

Edição

Seção

Representação política