Prazer e virtude segundo Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v10i2.31870Palavras-chave:
prazer, desejo, virtude, razão, Ética Nicomaqueia, AristótelesResumo
O presente texto pretende examinar a relação estabelecida por Aristóteles entre prazer e virtude de modo a compreender a seguinte tese aristotélica: o virtuoso não age devido ao prazer, mas necessariamente com prazer. Esta tese será mais bem compreendida com a exposição que faremos da concepção aristotélica de prazer, tal qual elaborada pelo filósofo no segundo tratado do prazer de sua Ética Nicomaqueia. Como veremos, a definição do prazer como um fenômeno cuja existência e natureza dependem inteiramente da existência e natureza da atividade a qual pertence nos permite inferir que o juízo de valor que incide sobre a atividade é o critério de valoração moral do prazer, e não o contrário. Isso significa que o virtuoso julga qual seria a melhor atividade a ser realizada e não qual atividade lhe dará prazer. Com efeito, veremos que o virtuoso deseja realizar certa atividade por ela ser boa e não por ela ser prazerosa, ou seja, embora o prazer não seja a razão da ação, ele será a sua consequência inevitável.
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