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A reelaboração do transcendental em Merleau-Ponty

Marcus Sacrini

Resumo


Neste artigo, defendo que Merleau-Ponty reformula a filosofia transcendental de matiz kantiano no sentido de mostrar que as condições a priori da experiência não podem ser separadas das vivências concretas do sujeito encarnado. Na primeira seção, eu retorno a Kant e Husserl para analisar como esses autores delimitam as condições transcendentais como um domínio formal independente de qualquer experiência concreta. Em seguida, reconstruo o movimento argumentativo pelo qual Merleau-Ponty rejeita essa delimitação formal da esfera transcendental e reapresenta essa última como inseparável do domínio empírico, inicialmente em A estrutura do comportamento (seção 2) e posteriormente em Fenomenologia da percepção (seção 3).

 


Palavras-chave


Merleau-Ponty; Transcendental; Gestalt; Circularidade existencial

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/dp.v9i1.29101