A amizade em Aristóteles: Política, III, 9 e Ética Nicomaqueia, VIII

Autores/as

  • Inara Zanuzzi Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v7i2.24085

Palabras clave:

Aristóteles, Amizade, Política, Constituição, Finalidade

Resumen

Na Política, III, 9, Aristóteles desaprova a distribuição de poder da constituição
democrática dizendo que esta serve ao fim da amizade, a saber, a convivência, mas não ao
fim político. Nosso propósito aqui é procurar esclarecer por que uma comunidade política
não é, sem qualificação, uma comunidade de amigos, utilizando-nos da definição e análise
aristotélica da amizade na Ética Nicomaqueia, VIII. O resultado obtido é que toda associação,
inclusive a política, tem um tipo de amizade que lhe é relativa, determinado pelo seu
fim e pela distribuição das funções e das vantagens. A associação política tem por fim algo
diverso da mera convivência. Por isso, é na medida em que a distribuição é feita para obter
esse fim que existe alguma amizade entre os membros da associação política e não na
medida em que esses querem simplesmente conviver uns com os outros, como implicitamente
suposto na distribuição democrática.

Cómo citar

Zanuzzi, I. (2010). A amizade em Aristóteles: Política, III, 9 e Ética Nicomaqueia, VIII. DoisPontos, 7(2). https://doi.org/10.5380/dp.v7i2.24085