Open Journal Systems

Patentes prioritárias depositadas no Brasil e com proteção na via Patent Cooperation Treaty (PCT)

Verônica Barboza Scartassini, Thiago Monteiro Alves, Fernanda Bochi, Rene Faustino Gabriel Junior, Ana Maria Mielniczuk de Moura

Resumo


Introdução: A patente apresenta importância tanto na esfera informacional como econômica. O Tratado de Cooperação de Patentes (PCT) é uma forma de estender a proteção do depósito de patentes e é a partir dele que o estudo se consolida. Objetivos: Trata-se de uma análise patentométrica com o objetivo caracterizar os pedidos de patentes prioritárias brasileiras depositadas na via PCT, e para este fim, utilizando a abordagem quantitativa-descritiva, a partir da base Derwent Innovation Index (DII). Metodologia: Os dados foram coletados em três etapas. Primeiro, buscou-se todas as patentes depositadas no Brasil no período de 2004 a 2019, resultando em 381.598 registros, formando o corpus principal. Deste corpus, foram extraídas as patentes com registro prioritário no Brasil, resultando em 263.104 registros. Por último, foi realizada a extração das patentes com o primeiro depósito prioritário no Brasil com extensão via PCT, resultando em 12.073 registros. Resultados: Deste resultado final, identificou-se 4,5% das patentes via PCT eram prioritárias no Brasil, e que os principais depositantes por essa via, a temporalidade dos registros e a classificação das patentes. Os principais depositantes são em sua maioria empresas multinacionais, provenientes dos Estados Unidos, China, Suécia, França, Japão, Alemanha e Itália, e universidades, no caso do Brasil. As publicações apresentam oscilação no período estipulado, mantendo uma média de 794 patentes ao ano. Os depósitos concentram-se principalmente em três grandes áreas: necessidades humanas, processos, operações e transportes e eletricidade. Conclusão: Conclui-se que a extensão da proteção pela via PCT não é uma prática recorrente pelos requerentes que depositam prioritariamente em território brasileiro.

Palavras-chave


Patentometria; Patentes Brasileiras; Tratado de Cooperação de Patentes (PCT); Derwent Innovation Index

Texto completo:

PDF

Referências


Almeida, J. R. G. S., Oliveira, R. G., Jr., Rabêlo, S. V., Araújo, C. S., Silva, J. C., & Diniz, T. C. (2014). Prospecção tecnológica do gênero annona (annonaceae). Revista GEINTEC, 4(2), 850-858. Recuperado de http://www.revistageintec.net/index.php/revista/article/view/31.

Barbieri, J. C., & Álvares, A. C. T. (2005). Estratégia de patenteamento e licenciamento de tecnologia: conceitos e estudo de caso. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 7(17), 58-68. Recuperado de https://gvpesquisa.fgv.br/sites/gvpesquisa.fgv.br/files/arquivos/barbieri_-_estrategia-de-patenteamento-e-_6457.pdf.

Barragán-Ocaña, A., Gómez-Viquez, H., Merritt, H., & Oliver-Espinoza, R. (2019). Promotion of technological development and determination of biotechnology trends in five selected Latin American countries: An analysis based on PCT patent applications. Electronic Journal of Biotechnology, 37, 41-46. Recuperado de https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0717345818300435.

Biancarelli, A. M. (2014). A Era Lula e sua questão econômica principal crescimento, mercado interno e distribuição de renda. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 58, 263-288. Recuperado de https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i58p263-288.

Clarivate (2020). Derwent Innovations Index Ajuda. Recuperado de https://images.webofknowledge.com/WOKRS521R5/help/pt_BR/DII/hp_full_record.html.

Creswell, J.W. (2007). Projeto de Pesquisa: métodos qualitativos, quantitativos, e misto. Porto Alegre: Artmed.

Ferreira, A. A., Guimarães, E. R., & Contador, J. C. (2009). Patente como instrumento competitivo e como fonte de informação tecnológica. Gestão & Produção, 16(2), 209-221. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2009000200005&lng=en&nrm=isso.

Gabriel, R. F., Jr., & Laipelt, R. C. (2019). Descrição das relações semânticas para aplicação em kos: uso do tesauro semântico aplicado (Thesa). Revista P2P e Inovação, 6(1), 117-135. Recuperado de http://revista.ibict.br/p2p/article/view/4946.

Garcez, S. S., Jr., & Moreira, J. J. S. (2017). O backlog de patentes no Brasil: o direito à razoável duração do procedimento administrativo. Revista Direito GV, 13(1). Recuperado de http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/revdireitogv/article/view/68912/66505.

Garcia, J. C. R. (2006). Os paradoxos da patente. DataGramaZero, 7(5). Recuperado de http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/5973.

Glänzel, W. (2003). Bibliometrics as a research field: a course on theory and application of bibliometric indicators. Bélgica. Recuperado de https://www.cin.ufpe.br/~ajhol/futuro/references/01%23_Bibliometrics_Module_KUL_BIBLIOMETRICS%20AS%20A%20RESEARCH%20FIELD.pdf.

Guzmán Sánchez, M. V. (1999). Patentometría: herramienta para el análisis de oportunidades tecnológicas (Tese de Doutorado). Facultad de Economía, Universidad de La Habana, Havana, Cuba.

Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). (2020).

Guia básico de marca. Recuperado de https://www.gov.br/

inpi/pt-br/servicos/marcas/guia-basico.

Kiškis, M., & Limba, T. (2016). Biotechnology patenting in small countries: strategies for the international marketplace. Biotechnology Law Report, 35(6), 291-299. doi: https://doi.org/10.1089/blr.2016.29035.mk.

Koda, H. (2012). The global patent race. Intellectual Property & Technology Law Journal, 24(1), 21-24.

Macias-Chapula, C. A. (1998). O papel da informetria e da cienciometria e sua perspectiva nacional e internacional. Ciência da Informação, 27(2), 134-40. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-19651998000200005&script=sci_abstract&tlng=pt&userID=-2.

Moed, H. F. (2017). Applied evaluative informetrics. Dordrecht: Springer.

Mueller, S. P. M., & Perucchi, V. (2014). Universidades e a produção de patentes: tópicos de interesse para o estudioso da informação tecnológica. Perspectivas em Ciência da Informação, 19(2), 15-36. Recuperado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-99362014000200003&lng=en&nrm=iso.

Narin, F. (1995). Patents as indicators for the evaluation of industrial research output. Scientometrics, 34(3), 489-496. Recuperado de https://link.springer.com/article/10.1007/BF02018015.

Ndlovu, L. (2015). Lessons for the SADC from the Indian case of Novartis Ag v Union of India. African Journals Online, 18(4), 783-815. Recuperado de http://www.scielo.org.za/scielo.php?frbrVersion=3&script=sci_arttext&pid=S1727-37812015000400003&lng=en&tlng=en.

Noruzi, A., & Abdekhoda, M. (2012). Mapping Iranian patents based on International Patent Classification (IPC), from 1976 to 2011. Scientometrics, 93(3), 847-856. Recuperado de https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-012-0743-4.

Oliveira, E. F. T. (2018). Estudos métricos da informação no Brasil: indicadores de produção, colaboração, impacto e visibilidade. São Paulo: Cultura Acadêmica.

Price, D. J. S. (1986). Little science, big science… and beyond. New York: Columbia University Press.

Reitzig, M. (2003). What determines patent value? Insights from a semiconductor industry. Research policy, 32(1), 13-26. Recuperado de https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048733301001937.

Santos, D. A., Winter, E., & Souza Junior, M. B. (2014). Panorâmica atual da tecnologia verde de gaseificação no Brasil: uma abordagem via documentação patentária. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 9(1), 98-110. Recuperado de https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/2661.

Silva, K., Godinho, M. M., & Tonholo, J. (2014). Patentes acadêmicas no Brasil: nova perspectiva de contribuição das universidades na via PCT. Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientometria, Recife, PE, 4. Recuperado de https://www.brapci.inf.br/index.php/article/download/27174.

Silva, K., & Vasconcellos, A. G. (2018). Academic inventors and patent rights: structure of collaboration in academic patents and university patents in Brazil. Marketing and Management of Innovations, 3, 21-23. doi: http://doi.org/10.21272/mmi.2018.3-02.

Silva, K., Vasconcellos, A. G., & Tonholo, J., & Godinho, M. M. (2017). Academic patenting in Brazil: the role of academic inventors in PCT patent applications – 2002-2012. Academia Revista Latinoamericana de Administración, 30(4), 529-546. doi: https://doi.org/10.1108/ARLA-06-2016-0164.

Sternitzke, C. (2009). The international preliminary examination of patent applications filed under the Patent Cooperation Treaty: a proxy for patent value? Scientometrics, 78(2), 189-202. Recuperado de https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs11192-007-1837-x.

Vasconcelos, Y. L. (2014). Estudos Bibliométricos: Procedimentos Metodológicos e Contribuições. UNOPAR Cient., Ciênc. Juríd. Empres, 15(2), p. 211-220. Recuperado de https://revista.pgsskroton.com/index.php/juridicas/article/view/307.

World Intellectual Property Organization (WIPO). (2001). Patent Cooperation Treaty. Recuperado de https://www.wipo.int/pct/en/.

World Intellectual Property Organization (WIPO). (2017). Perguntas e respostas sobre PCT. Recuperado de http://wipo.int/export/sites/www/pct/pt/basic_facts/faqs_about_the_pct.pdf.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/atoz.v9i1.70281

Apontamentos

  • Não há apontamentos.