Diretrizes para proteção do conhecimento: um estudo de caso em uma universidade do Estado do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5380/atoz.v4i1.41882Palavras-chave:
Proteção do Conhecimento, Diretrizes para Inventores, Propriedade Intelectual, Universidade Pública, Agência de InovaçãoResumo
Introdução: O presente estudo procurou verificar as diretrizes que regulamentam a proteção do conhecimento em uma Universidade no Estado do Paraná, favorecendo o surgimento de inovações no meio acadêmico. Método: O método empregado foi o estudo de caso e a coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na primeira etapa, foi realizada uma pesquisa documental, que possibilitou a análise de normas jurídicas que contém as diretrizes para a proteção do conhecimento na Universidade estudada. Na segunda, por meio de entrevistas com pesquisadores e gestores de uma Agência de Inovação, foi possível reunir considerações acerca das normas jurídicas existentes para proteção do conhecimento, abrangendo aspectos normativos e a visibilidade do documento no referido universo. Para o tratamento das informações coletadas, utilizou-se da Técnica de Análise de Conteúdo. Resultados: Os resultados revelam que as diretrizes de proteção do conhecimento existentes estão voltadas essencialmente para a participação dos inventores nos ganhos financeiros. Outros aspectos importantes da propriedade intelectual, como a questão do sigilo, a busca da informação tecnológica, acordos de confidencialidade, normatizações quanto à publicação e o patenteamento, ainda não são contemplados nas diretrizes de proteção ao conhecimento da referida instituição. Conclusão: Conclui-se que possivelmente, a ausência dessas diretrizes colabore para a falta de sensibilização dos pesquisadores para a proteção do conhecimento e inovação, o que é visível no ambiente estudado. Pesquisadores se mostram desprovidos de condições e informações que caracterizem e subsidiem uma cultura voltada para o processo inovativo.
Referências
Almeida, M. C. B. (2000). Planejamento de bibliotecas e serviços de informação. Brasília: Briquet de Lemos.
Amadei, J. R. P., & Torkomian, A. L. V. (2009). As patentes nas universidades: análise dos depósitos das universidades públicas paulistas (1995-2006). Ciência da Informação, 38(2), 9–18. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/1054/1319
Araújo, E. F., Barbosa, C. M., Queiroga, E. S., & Alves, F. F. (2010). Propriedade intelectual: proteção e gestão estratégica do conhecimento. Revista Brasileira de Zootecnia, 39(supl. esp.), 1–10. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982010001300001
Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bocchino, L. O., Conceição, Z., & Gauthier, F. A. O. G. (2009). Propriedade intelectual: principais conceitos e legislação. Curitiba: Agência de Inovação.
BRASIL. (2004). Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil. Brasília. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm
Cherubini, E. (2009). Modelo de referência para a proteção do conhecimento gerado e aplicado no ambiente de uma universidade pública: um estudo de caso na UTFPR. (Dissertação do Mestrado em Engenharia de Produção, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa). Recuperado em 4 ago. 2015, de http://www.pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/dissertacoes/arquivos/120/Dissertacao.pdf
Clare, P., et al. (2011). Intellectual asset management for universities. Recuperado em 4 ago. 2015, de https://www.gov.uk/government/publications/intellectual-asset-management-for-universities
Fujino, A., & Stal, E. (2007). Gestão da propriedade intelectual na universidade pública brasileira: diretrizes para licenciamento e comercialização. Revista de Negócios, 12(1), 104–120. Recuperadoem4 ago. 2015, de http://proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/article/view/311/298
Fujino, A., Stal, E., & Plonski, G. A. (1999). A proteção do conhecimento na universidade. Revista de Administração, 34(4), 46–55. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=87
Garcia, J. C. R. (2006). Patente gera patente? TransInformação, 18(3), 213–223. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://dx.doi.org/10.1590/S0103-37862006000300005
Garnica, L. A., & Torkomian, A. L. V. (2009). Gestão de tecnologia em universidades: uma análise do patenteamento e dos fatores de dificuldade e de apoio à transferência de tecnologia no estado de são paulo. Gestão and Produção, 16(4), 624–638. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2009000400011
Inhaez, J. A. (2006). Missão, visão, políticas e valores. In M. Marchiori (Ed.), Faces da cultura e da comunicação organizacional (p. 96–122). São Caetano do Sul: Difusão Editora.
Jungmann, D. M., & Bonetti, E. A. (2010). A caminho da inovação: proteção e negócios com bens de propriedade intelectual: guia para o empresário. Brasília: IEL. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://www.inpi.gov.br/sobre/arquivos/guia_empresario_iel-senai-e-inpi.pdf
Macedo, M. F. G., & Barbosa, A. L. F. (2000). Patentes, pesquisa & desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Martins, G. A., & Theóphilo, C. R. (2009). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas (2a. ed.). São Paulo: Atlas.
Pereira, M. F., et al. (2009). Transferência de conhecimentos científicos e tecnológicos da universidade para o segmento empresarial. RAI: Revista de Administração e inovação, 6(3), 128–144. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://dx.doi.org/10.5585/rai.v6i3.406
Rosário, L. C. S. M. (2006). Inserção de políticas de propriedade intelectual nas instituições de ensino superior: o caso Puc-Rio (Dissertação do Mestrado em Administração). Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Administração.
Santos, M. E. R. (2003). Propriedade intelectual e comercialização de tecnologia nas instituições de ensino e pesquisa brasileiras. In Anais do 6. Encontro de Propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia (p. 15–58). Rio de Janeiro: Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro.
Santos, M. E. R. (2004). O paradoxo do sigilo no universo acadêmico. In Anais do 7. Encontro de propriedade Intelectual e Comercialização de Tecnologia. Rio de Janeiro: Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro.
Saénz, T. W., & García Capote, E. (2002). Ciência, inovação e gestão tecnológica. Brasília: CNI/IEL/SENAI/ABIPTI.
Sbragia, R., et al. (2006). Inovação: como vencer esse desafio empresarial. São Paulo: Clio.
Scudeler, M. A. (2007). A função social da propriedade industrial. In V. H. T. Velázquez (Ed.), Propriedade intelectual: setores emergentes e desenvolvimento (p. 35–54). Piracicaba: Equilíbrio.
Silveira, N. (2005). Propriedade intelectual (3a. ed.).
Staub, E. (2001). Desafios estratégicos em ciência, tecnologia e inovação. Parcerias Estratégicas(13). Recuperado em 4 ago. 2015, de http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/205/199
United Kingdom. (1996). Patents, research and technology: compatibilities and conflicts. Recuperado em 4 ago. 2015, de http://researchbriefings.parliament.uk/ResearchBriefing/Summary/POST-PN-76
Verspagen, B. (2006). University research, intellectual property rights and european innovation systems. Journal of Economic Surveys, 20(4), 607–632. Recuperado em 13 ago. 2015, de http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-6419.2006.00261.x
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista AtoZ é um periódico científico de acesso aberto e o copyright dos artigos e da entrevista pertence aos respectivos autores/entrevistados com cessão de direitos para a AtoZ no que diz respeito à inclusão do material publicado (revisado por pares/postprint) em sistemas/ferramentas de indexação, agregadores ou curadores de conteúdo.

Todo o conteúdo da Revista (incluindo-se instruções, política editorial e modelos) está sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Não Adaptada, a partir de Outubro de 2020.
Ao serem publicados por esta Revista, os artigos são de livre uso para compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial) e adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial). É preciso dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas .
A AtoZ não cobra qualquer tipo de taxa para submissão e/ou processamento e/ou publicação de artigos.























