Open Journal Systems

TRATAMENTO DE FÍSTULA GASTROCUTÂNEA COM PRÓTESE AUTOEXPANSIVA

Fernanda Ventura Salles, Flávio Heuta Ivano

Resumo


A obesidade é um grave problema de saúde mundial. Os tratamentos não cirúrgicos para obesidade não revelam bons resultados, com dificuldade para manutenção do peso. A cirurgia bariátrica é apontada como o único método confiável e efetivo de tratamento. No entanto algumas complicações pós-operatórias podem ocorrer, dentre elas o desenvolvimento de fístulas. O objetivo fundamental deste estudo é relatar o caso de uma paciente submetida a cirurgia bariátrica que desenvolveu fístula gastrocutânea e foi tratada endoscopicamente com prótese autoexpansiva e correlacionar com as informações existentes na literatura sobre esta terapêutica. Foi analisado o prontuário de uma paciente que realizou cirurgia bariátrica no Hospital Sugisawa e desenvolveu fístula gastrocutânea no pós-operatório. Paciente do sexo feminino, 42 anos, apresentava quatro comorbidades. Foi submetida a cirurgia bariátrica (bypass gástrico em Y de Roux) e no segundo pós-operatório foi evidenciado através de exames o desenvolvimento de uma fístula gastrocutânea. No 17o pós-operatório foi inserida endoscopicamente a prótese autoexpansiva.

Depois de 4 semanas de tratamento, foi confirmada a cicatrização do orifício fistuloso e a prótese foi retirada. Nos estudos analisados para redação deste estudo, pode-se evidenciar que a prótese auto-expansiva é uma forma eficaz de tratamento. Conclui-se que o tratamento de escolha para tratar fístulas desenvolvidas após a cirurgia bariátrica é a prótese auto-expansiva. No entanto, sugere-se novos estudos relacionados a terapêutica desta complicação.


Palavras-chave


fístula; cirurgia bariátrica; complicações; prótese auto-expansiva; stent; tratamento.

Texto completo:

PDF

Referências


Valente CB, Terzi RGG. Complicações da Cirurgia bariátrica. FACRedentor.

Sarkhosh K, Birch DW, Sharma A, Karmali S. Complications associated with laparoscopic sleeve gastrectomy for morbid obesity: a surgeon’s guide. Canadian Medical Association. 2013; 56(5):347-352.

Hady HR, Dadan J, Gotaszewski P, Safiejko K.Impact of

laparoscopic sleeve gastrectomy on body mass index, ghrelin, insulin and lipid levels in 100 obese patients. Videosurgery and Other Miniinvasive Techniques. 2012; 7(4):251-259

Ilias EJ. Consequências fisiológicas, psicologicas e metabólicas da cirurgia bariátrica. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53(2):95-107.

Costa ACCC, Ivo ML, Centero WB, Tognini JRF. Obesidade em pacientes candidatos a cirurgia bariátrica. Acta Paul Enferm. 2009; 22(1):55-59.

Gugenheim J. Chirurgie bariatrique: quell patient opérer? Post’U. 2010; 49-54.

Puglia CR. Indicações para o tratamento operatório da obesidade mórbida. Rev Assoc Med Bras. 2004; 50(2):109-126.

Fandiño J, Benchimol AK, Coutinho WF, Appolinário JC. Cirurgia Bariátrica: aspectos clínicos-cirurgicos e psiquiátricos. R. Psiquiatr. RS. 2004; 26(1):47-51.

Labruinie EM, Marchiori E, Tubiana JM. Fístulas de anstomose superior pós-gastroplastia redutora pela técnica de Higa para tratamento da obesidade mórbida: aspectos por imagem. Radiol Bras. 2008; 41(2):75-79.

Maluf-Filho F, Lima MS, Hondo F, Giordano-Nappi JH, Garrido T, Sakai P. Fístulas gastrocutâneas pós gastroplastia vertical redutora através da aplicação de matriz acelular fibrogênica. Arq Gastroenterol. 2008; 45(3):208-211.

Baltasar A, Serra C, Bengochea M, Bou R, Andreo L. Use of Roux limb as remedial surgery for sleeve gastrectomy fistulas. Surgery for Obesity and Related Diseases 4. 2008; 759-763.

Portal da Saúde. Excesso de peso e obesidade.Available at: http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_pcan.php?conteudo=excesso. Acessado em: 6 de julho de 2015.

Oliveira IV. Cirurgia Bariátrica no âmbito do sistema único de saúde: tendências, custos e complicação. 2007; 10-36.

Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. Consenso Bariátrico. 2006.

Rizolli J. Obesidade Grau III: considerações sobre complicações clínicas e tratamento cirúrgico, 2005.

Campos JM, Neto MPG, Moura EGH. Endoscopia em Cirurgia da Obesidade. 1a Edição. (Editora Santos). São Paulo, SP; 2008.

Acquafresca PA, Palermo M, Rogula T, Duza GE, Serra E. Complicações Cirúrgicas precoces após bypass gástrico: revisão da literature. ABCD Arq Bras Cir Dig. 2015;(1):74-80.

Simon F, Siciliano I, Gillet A, Castel B, Coffin B, Miska S. Gastric Leak After Laparoscopic Sleeve Gastrectomy: Early Coverd Self- Expandable Stent Reduces Healing Time. OBES SURG. 2013; (23):687-692.

Kumar N, Thompson CC. Endoscopic Therapy for Postoperative Leaks and fistulae. Gastrointest Endoscopy Clin N Am. 2013;(23):123-136.

Bhardwai A, Cooney RN, Wehrman A, Rogers AM, Mathew A. Endoscopic Repair of Small Symptomatic Gastrogastric Fistulas After Gastric Bypass Surgery: A Single Center Experience. OBES SURG. 2010;(20);1090-1095.

Puli SR, Spofforrd IS, Thompson CC. Use of self-expandable stents in the treatment of bariatric surgery leaks: a systematic review and meta-analysis. GASTROINTESTINAL ENDOSCOPY. 2012;(2): 1-7.

Eubanks S, Edwards CA, Fearing NM, Ramaswamy A, Torre RA, Thaler KJ, Miedema BQ, Scott JS. Use of Endoscopic Stents to Treat Anastomotic Complications after Bariatric Surgery. American College of Surgeons. 2008: 935-938.

Blackmon SH, Santora R, Schwarz P, Barroso A, Dunkin BJ. Utility of Removable Esophageal Covered Self-Expanding Metal Stents for Leak and Fistula Management. The Society of Thoracic Surgeons.2010: 931-937.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v4i4.50766

DOI (PDF): http://dx.doi.org/10.5380/rmu.v4i4.50766.g31701

Apontamentos

  • Não há apontamentos.