VULNERABILIDADE A INCÊNDIOS FLORESTAIS: REFLEXÕES ACERCA DO PARQUE ESTADUAL DO JUQUERY E SEU ENTORNO
DOI:
https://doi.org/10.5380/rbclima.v28i0.77411Palavras-chave:
Exposição, Suscetibilidade, Capacidade de Intervenção, Parque Estadual do Juquery, Interface urbano-florestalResumo
Este trabalho procurou compreender a vulnerabilidade a incêndios florestais do Parque Estadual do Juquery (PEJ) e de seu entorno, que estão inseridos nos municípios de Franco da Rocha e Caieiras na Região Metropolitana de São Paulo. Dados de focos de calor obtidos por sensoriamento remoto entre 2002 a 2018 e dados de pluviosidade para o mesmo período foram correlacionados com o mapeamento do uso da terra feito para 2018, o resultado foi analisado em conjunto com o modelo conceitual de vulnerabilidade a incêndios florestais proposto por Tedim e Carvalho (2013) no qual foram utilizadas variáveis físicas (cobertura vegetal, declividade e orientação das vertentes) e dados socioeconômicos obtidos do censo demográfico de 2010 e do índice de vulnerabilidade paulista (versão 2010). Verificou-se que 94% dos registros de focos de calor concentravam-se em cinco meses do ano (de junho a outubro) e que 43% ocorreram sobre coberturas vegetais campestres, com destaque para área do PEJ, onde existiam remanescentes de fisionomias vegetais do domínio Cerrado. Foram identificadas áreas com interface urbano-florestal, assim como analisados o grau de exposição, a fragilidade e a capacidade de intervenção do Parque e da população do seu entorno. A discussão sobre incêndios florestais deve ser encarada como um processo social, pois a ocupação de áreas mais ou menos suscetíveis e o acesso aos recursos (financeiros, institucionais, etc.) ocorrem de maneira desigual, assim um mesmo evento pode afetar de maneira desigual locais e grupos sociais diferentes, revelando assim situações de maior vulnerabilidade socioambiental.
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