ESTUDO DA VARIABILIDADE ESPAÇO-TEMPORAL E TENDÊNCIAS DE PRECIPITAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.5380/rbclima.v28i0.74380Palavras-chave:
Índice de Anomalia de Chuva, mudanças climáticas, seca, tendência de precipitação, pluviometriaResumo
Este estudo teve como objetivo avaliar a distribuição espacial da precipitação pluviométrica da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul entre os anos de 1988 a 2018. Para tal, foram adquiridos dados de precipitação acumulada mensal, precipitação máxima mensal e número de dias de chuva no mês, de 86 estações pluviométricas extraídos da plataforma Hidroweb disponibilizada pela Agência Nacional de Águas (ANA). Após análise e tratamento de inconsistências nos dados das séries extraídas, foram realizados cálculos para obtenção das chuvas médias da bacia a partir do método de Thiessen, e realizadas análises estatísticas a fim de avaliar possíveis diferenças significativas entre os meses do ano em relação às precipitações médias acumuladas mensalmente, bem como entre os números de dias de chuva mensais. Foram também construídos mapas de precipitação média mensal acumulada nos períodos seco e chuvoso utilizando-se o método de krigagem ordinária. Confirmou-se, com esse estudo, que a bacia apresenta uma grande variação pluviométrica intra-anual, e que a precipitação acumulada mensal tem significativa correlação (α = 0,05) com o número de dias com chuvas, como esperado. Observou-se que há grande variação espacial da pluviometria, evidenciada pela existência de cinco tipos climáticos na bacia. Com a aplicação do Índice de Anomalia de Chuva foi possível observar que houve períodos atípicos positivos nos anos de 1996, 2008 e 2009, e negativos no ano de 2014. O teste de Mann-Kendall possibilitou avaliar que algumas estações apresentaram tendências significativas de acréscimo e outras de decréscimo de chuvas, sendo mais evidenciados pelos valores relativos ao número de dias de chuva, chegando à 20,9% de tendências de acréscimo no semestre chuvoso, a 95% de confiança, e 22,9% de tendências significativas de decréscimo no semestre seco. Por fim, com base nos parâmetros Sen’s slope, foi evidenciado incremento na probabilidade de ocorrência de eventos extremos diários de chuva em até 10% da área total da bacia.
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