ESTUDO DE UM CASO DE TRANSBORDAMENTO DO RIBEIRÃO JOSÉ PEREIRA EM ITAJUBÁ – MINAS GERAIS

Autores

  • João Pedro Rodrigues da Silva Universidade de São Paulo
  • Michelle Simões Reboita Universidade Federal de Itajubá
  • Enrique Vieira Mattos Universidade Federal de Itajubá
  • Murilo da Costa Ruv Lemes Universidade Federal de Itajubá

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v25i0.65308

Palavras-chave:

Precipitação, Serra dos Toledos, Inundação.

Resumo

O município de Itajubá, localizado no sul do estado de Minas Gerais, é afetado por inundações no período de verão. Um desses episódios ocorreu no dia 24 de janeiro de 2017 e causou o transbordamento do ribeirão José Pereira, localizado próximo ao campus da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Como nesse dia choveu apenas 16 mm na região do ribeirão, que é um valor baixo para seu nível de enchente, a causa do transbordamento tornou-se de interesse para a população e comunidade científica. Diante desses fatos, o presente estudo tem como objetivo avaliar o ambiente atmosférico e geográfico que contribuiu para esta inundação do dia 24 de janeiro de 2017. O referido mês apresentou total de precipitação superior ao valor climatológico e teve no dia 23 o maior total diário de precipitação (57 mm) próximo ao ribeirão. Portanto, o período prévio à inundação foi caracterizado por excesso de umidade. Embora no dia 24 tenha precipitado apenas 16 mm, ocorreu precipitação intensa na Serra dos Toledos que, em função da geografia da região, escoou para o ribeirão José Pereira. Portanto, o acúmulo de umidade no mês de janeiro com o escoamento da água proveniente da serra foram os responsáveis pelo transbordamento do ribeirão.

Biografia do Autor

João Pedro Rodrigues da Silva, Universidade de São Paulo

Graduado em Ciências Atmosféricas pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Mestrando na Universidade de São Paulo. Trabalha com desastres naturais associados à sistemas sinóticos.

Michelle Simões Reboita, Universidade Federal de Itajubá

Graduada em Geografia (Bacharelado, 2001) e mestre em Engenharia Oceânica (2004) pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande; doutora em Meteorologia pela Universidade de São Paulo - USP (2008). Realizou dois pós-doutorados em Meteorologia pela USP, sendo um sanduíche com a Universidade de Vigo (Espanha). Foi associada júnior do Abdus Salam International Centre for Theoretical Physics da Itália entre 2013 e 2016 e atualmente é associada regular. É docente do Instituto de Recursos Naturais (IRN) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), orientadora do programa de mestrado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UNIFEI, pesquisadora do IRN, do Grupo de Estudos Climáticos (GrEC) do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (INCLINE) da USP. Foi coordenadora do curso de Ciências Atmosféricas da UNIFEI de 2015 a 2017. Atualmente é membro da Câmara de Assessoramento de Recursos Naturais, Ciências e Tecnologias Ambientais (CRA) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), editora assistente da Revista Brasileira de Meteorologia e vice-coordenadora do curso de Ciências Atmosféricas da UNIFEI. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia Sinótica, Climatologia e Modelagem Climática

Enrique Vieira Mattos, Universidade Federal de Itajubá

Atualmente é Professor Adjunto do Instituto de Recursos Naturais (IRN) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Possui Graduação em Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) (2006), Mestrado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) (2009) e Doutorado em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) (2015), com período sanduiche no Massachusetts Institute of Technology (MIT) (2013-2014). Trabalhou no INPE na Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais (DSA) entre 2015-2016 no desenvolvimento de produtos de nowcasting. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Sensoriamento Remoto da Atmosfera, atuando principalmente nos seguintes temas: Tempestades Severas, Previsão de Curtíssimo Prazo Usando Radares e Satéĺites, Descargas Elétricas Atmosféricas e Microfísica de Nuvens.

Murilo da Costa Ruv Lemes, Universidade Federal de Itajubá

Mestrando no programa de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (MEMARH) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Graduado em Geografia na Universidade de Taubaté (UNITAU). Fui bolsista de Iniciação Científica no Centro de Ciências do Sistema Terrestre (CCST) e Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de 2015 a 2018. Técnico em informática, com enfoque em programação e design. Conhecimentos nas áreas: Climatologia, Meteorologia e Sensoriamento Remoto, com ênfase na climatologia da América do Sul. Trabalhei com Transporte de Umidade, Sistemas Frontais, El Niño Oscilação Sul (ENOS), Ilha de calor, variabilidade climática e mudanças climáticas

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Publicado

2019-11-22

Como Citar

Silva, J. P. R. da, Reboita, M. S., Mattos, E. V., & Ruv Lemes, M. da C. (2019). ESTUDO DE UM CASO DE TRANSBORDAMENTO DO RIBEIRÃO JOSÉ PEREIRA EM ITAJUBÁ – MINAS GERAIS. Revista Brasileira De Climatologia, 25. https://doi.org/10.5380/abclima.v25i0.65308

Edição

Seção

Artigos