AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE INTERPOLAÇÃO PARA ESPACIALIZAÇÃO DE DADOS DE TEMPERATURA DO AR NA BACIA DO RIO PARANAÍBA – BRASIL

Autores

  • Alécio Perini Martins Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí
  • Wellmo dos Santos Alves Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde
  • Carlos Eduardo Damasceno Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v25i0.64291

Palavras-chave:

Isotermas, Geoestatística, Análise espacial, Clima local.

Resumo

Nas últimas décadas, a Climatologia Geográfica tem incorporado ferramentas de geotecnologias em suas pesquisas como os métodos de interpolação e espacialização de dados, permitindo um excelente ganho de tempo e qualidade no tratamento e análise da informação. Estes métodos se dividem principalmente em determinísticos e geoestatísticos e possibilitam a análise espacial de elementos como temperatura e precipitação mesmo em áreas com baixa densidade de estações de monitoramento. Neste artigo, pretende-se comparar e analisar a eficiência de seis métodos, três determinísticos e três geoestatísticos, para interpolação e espacialização de dados de temperatura do ar na Bacia do Rio Paranaíba. Para o estudo, selecionou-se 34 estações automáticas do INMET na área da bacia e entorno considerando informações do mês de agosto de 2018 e as variáveis temperatura do ar média mensal, e temperatura instantânea às 09:00h, 15:00h e 21:00h (horário de Brasília) no dia 01 de agosto de 2018. Outras variáveis como altitude e direção de vertentes foram obtidas a partir do processamento de imagens de radar SRTM/NASA na resolução de 30m. Foram utilizadas ferramentas de Geotecnologias, especialmente as extensões 3D Analyst e Geoestatistical Analyst do Software ArcGIS 10.1®, licenciado para o Laboratório de Geoinformação da UFG – Regional Jataí. Observou-se que em áreas com baixa densidade de estações os métodos determinísticos apresentam um menor percentual de erro médio final, embora os métodos geoestatísticos  forneçam dados mais  exatos e com maior correlação entre os dados registrados e os dados estimados,  permitindo  inclusive  a  inserção  de covariáveis  como  a altitude (Cokrigagem) que reduz o erro médio e aumenta a correlação entre dados registrados e estimados. Em geral, as estações apresentaram erro médio de até 1ºC, para mais ou para menos, chegando a valores superiores a 4ºC em estações utilizadas na parte externa da bacia para realizar a interpolação.

Biografia do Autor

Alécio Perini Martins, Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

Doutor (2015), Mestre (2009), Licenciado e Bacharel (2007) em Geografia pelo Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia. Docente nos cursos de Graduação e Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, onde é coordenador do Laboratório de Geoinformação e do Programa de Pós-Graduação em Geografia (Mestrado e Doutorado). Tem experiência na área de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Geotecnologias (com ênfase em Sensoriamento Remoto), Planejamento e Análise Ambiental, Modelagem em Geografia Física e Climatologia Geográfica.

Wellmo dos Santos Alves, Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde

Doutorando e Mestre em Geogr. Física pela Universidade Federal de Goiás; Engenheiro Agrônomo pelo Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde; Técnico em Agropecuária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde; trabalha no Instituto Federal Goiano - Campus Rio Verde, onde é responsável pelo Laboratório de Águas e Efluentes, desenvolve pesquisas relacionadas ao Planejamento e à Gestão dos Recursos Hídricos, coordena projetos de pesquisa e extensão e orienta alunos de iniciação científica e extensão. Expertise: Geotecnologias Aplicadas ao Planejamento e à Gestão Ambiental e Agronômica, Instrumentação de Avaliação da Qualidade das Águas, Monitoramento de Recursos Hídricos, Controle de Qualidade em Laboratórios de Análise Ambiental, Legislação Ambiental Aplicada, Gestão de Projetos, Metodologia Científica e Capacitação Técnica. Interesse nos seguintes temas relacionados ao ensino, pesquisa e extensão: Agropecuária Sustentável, Geotecnologias Aplicadas ao Planejamento e à Gestão Ambiental e Agronômica, Recursos Hídricos.

Carlos Eduardo Damasceno, Universidade Federal de Goiás - Regional Jataí

Graduando em Bacharelado no curso de Geografia pela Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Geografia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Geoprocessamento e Análise Ambiental.

Downloads

Publicado

2019-09-23

Como Citar

Martins, A. P., Alves, W. dos S., & Damasceno, C. E. (2019). AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE INTERPOLAÇÃO PARA ESPACIALIZAÇÃO DE DADOS DE TEMPERATURA DO AR NA BACIA DO RIO PARANAÍBA – BRASIL. Revista Brasileira De Climatologia, 25. https://doi.org/10.5380/abclima.v25i0.64291

Edição

Seção

Artigos