CARACTERIZAÇÃO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL EM CAMPOS ATMOSFÉRICOS RECENTES

Autores

  • João Pedro Rodrigues Silva Universidade de São Paulo - USP
  • Michelle Simões Reboita Universidade Federal de Itajubá
  • Gustavo Carlos Juan Escobar Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE)

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v25i0.64101

Palavras-chave:

ZCAS, Variáveis Meteorológicas, Composições, Ciclones.

Resumo

Como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é um dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva na região Sudeste do Brasil durante o verão, é de extrema importância conhecer suas características climatológicas, uma vez que essas podem ser utilizadas como indicadores de tal sistema em previsões de tempo. Portanto, o objetivo desse estudo é apresentar as diferenças da circulação atmosférica em eventos de ZCAS em relação à climatologia do verão usando dados recentes (2006 a 2017) da reanálise ERA-Interim, que é considerada estado-da-arte. Além disso, o estudo apresenta uma análise dos eventos de ZCAS acoplados com sistemas de baixa pressão no oceano Atlântico Sul e identifica as fontes de umidades desses ciclones. O padrão atmosférico em episódios de ZCAS se distingue da climatologia do verão devido à circulação em altos níveis ao mostrar um cavado entre o Sul do Brasil e oceano Atlântico, que auxilia os movimentos ascendentes no ramo oceânico da ZCAS, e uma crista mais configurada sobre o Sudeste do país. Já com relação às variáveis associadas à umidade do ar, todas indicam um sinal de dipolo entre o Sudeste e o Sul do Brasil, isto é, em eventos de ZCAS predomina anomalias positivas no Sudeste e negativas no Sul. Cerca de 30% dos eventos de ZCAS ocorrem acoplados a um ciclone no oceano Atlântico Sul, fato que contribui para a manutenção da ZCAS. Esses ciclones têm como fonte de umidade a Amazônia e o setor tropical do oceano Atlântico Sul.

Biografia do Autor

João Pedro Rodrigues Silva, Universidade de São Paulo - USP

Graduado em Ciências Atmosféricas pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). Atualmente aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG - USP).

Michelle Simões Reboita, Universidade Federal de Itajubá

Graduada em Geografia (Bacharelado, 2001) e mestre em Engenharia Oceânica (2004) pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande; doutora em Meteorologia pela Universidade de São Paulo - USP (2008). Realizou dois pós-doutorados em Meteorologia pela USP, sendo um sanduíche com a Universidade de Vigo (Espanha). Foi associada júnior do Abdus Salam International Centre for Theoretical Physics da Itália entre 2013 e 2016 e atualmente é associada regular. É docente do Instituto de Recursos Naturais (IRN) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), orientadora do programa de mestrado em Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UNIFEI, pesquisadora do IRN, do Grupo de Estudos Climáticos (GrEC) do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Mudanças Climáticas (INCLINE) da USP. Foi coordenadora do curso de Ciências Atmosféricas da UNIFEI de 2015 a 2017. Atualmente é membro da Câmara de Assessoramento de Recursos Naturais, Ciências e Tecnologias Ambientais (CRA) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), editora assistente da Revista Brasileira de Meteorologia e vice-coordenadora do curso de Ciências Atmosféricas da UNIFEI. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia Sinótica, Climatologia e Modelagem Climática.

Gustavo Carlos Juan Escobar, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE)

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Meteorológicas (1992) e doutorado em Ciências da Atmosfera (2001) no Departamento de Ciências da Atmosfera da Universidade de Buenos Aires (U.B.A.). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Meteorologia Sinótica e Climatologia Sinótica, atuando principalmente nos seguintes temas: previsão de tempo, classificação sinótica de eventos extremos (ondas de frio e calor e chuvas intensas) em América do Sul, variabilidade interanual e intrasazonal da circulação atmosférica no continente Sul-americano. Atualmente trabalha como pesquisador no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) e ocupa o cargo de chefe substituto da Divisão de Operação (DIDOP).

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Publicado

2019-09-09

Como Citar

Silva, J. P. R., Reboita, M. S., & Escobar, G. C. J. (2019). CARACTERIZAÇÃO DA ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL EM CAMPOS ATMOSFÉRICOS RECENTES. Revista Brasileira De Climatologia, 25. https://doi.org/10.5380/abclima.v25i0.64101

Edição

Seção

Artigos