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INTERCEPTAÇÃO DA CHUVA EM AMBIENTE DE MATA ATLÂNTICA EM CLIMA TROPICAL DE ALTITUDE

Valdir de Cicco, Emerson Galvani, Maria Cristina Forti, Francisco Carlos Soriano Arcova, Maurício Ranzini, Roque Cielo Filho, Larisse Souza de Cicco Maruyama

Resumo


A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros onde a partição das chuvas é mais estudada. No entanto, a maior parte das pesquisas é de curta duração, raramente ultrapassando um ano de coleta de dados. Investigações de longo prazo são importantes para avaliar a variação interanual desse processo hidrológico. O presente estudo teve como objetivo a quantificação da transprecipitação e a estimativa da interceptação das chuvas pelas copas das árvores na microbacia experimental B, recoberta com Floresta Ombrófila Densa, no Laboratório de Hidrologia Florestal Walter Emmerich, Cunha-SP. Para esse propósito foi realizado o monitoramento da precipitação no aberto e da transprecipitação ao longo de três anos e 11 meses. Os resultados mostraram elevada variação interanual dos percentuais da transprecipitação e da interceptação em relação à precipitação no aberto, com valores variando entre 67% e 87% e 13% e 33%, respectivamente. Os percentuais de transprecipitação foram maiores no período chuvoso que no período pouco chuvoso, com valores médios de 78% e 68%, respectivamente. A interceptação, ao contrário, teve os maiores percentuais na estação pouco chuvosa (33%) que na chuvosa (22%). Regressões lineares simples correlacionando a transprecipitação e a precipitação no aberto apresentaram bom ajuste, com coeficiente de determinação superior a 91%, ao contrário das equações relacionando a interceptação com a precipitação no aberto, cujos coeficientes de determinação variaram de 9,2% a 66,1%.

Palavras-chave


Partição da chuva; Transprecipitação; Floresta Ombrófila Densa

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/abclima.v24i0.61648