ANÁLISE DA VARIABILIDADE PLUVIOMÉTRICA INTERANUAL DA ZONA DA MATA NORDESTINA E A IDENTIFICAÇÃO DE ANOS PADRÃO

Autores

  • Michaell Douglas Barbosa Pereira Universidade Federal da Paraíba
  • Marcelo de Oliveira Moura Universidade Federal da Paraíba
  • Daisy Beserra Lucena Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v26i0.61276

Palavras-chave:

Anos Padrão, Pluviosidade, Análise Rítmica

Resumo

RESUMO: A sub-região da Zona da Mata nordestina possui grande importância no contexto nacional, foi neste setor que se iniciou a colonização brasileira, além dos primeiros ciclos econômicos. Esta é uma das sub-regiões densamente mais povoadas do Brasil (IBGE, 2010), nesta, encontram-se seis das nove capitais nordestinas, além de importantes polos industriais, tais como o Polo Industrial de Camaçari e o Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros (mais conhecido como porto de Suape). É uma área que apresenta altos índices de pluviosidade, sendo uma característica marcante. Diante disto, este trabalho busca contribuir com a compreensão da climatologia da Zona da Mata por analisar a variação espaço-temporal das chuvas, identificar Anos considerados Padrão para futuras análises, além de relacionar os eventos ENOS e dipolo positivo/Negativo com os totais pluviométricos das estações meteorológicas presentes neste território, revestindo-se assim, de grande importância devido à inexistência deste tipo de análise aplicada à Zona da Mata. Para isto, foram utilizados dados de pluviosidade de 12 estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) durante o período de 1995 – 2016. Para a classificação dos totais pluviométricos anuais utilizou-se a técnica dos quantis que se mostrou bastante apropriada. Como resultado, destaca-se que a pesquisa evidenciou o quanto é forte a relação existente entre a pluviosidade na Zona da Mata e a ocorrência do ENOS. Com respeito à ocorrência dos dipolos, observou-se que nem todos os anos em que ocorreu dipolo positivo, a pluviosidade foi baixa no Norte da Zona da Mata, quanto ao dipolo negativo, foram poucos os anos (4 anos) em que este fenômeno ocorreu ao longo da série analisada, destes, em apenas um, houve Dipolo negativo sem interferência dos fenômenos do Pacifico. Quantos aos Anos Padrão, o ano 2016 foi considerado o Ano Padrão muito seco, 2002 foi o ano mais representativo para a categoria normal e o ano 2000 foi considerado o Ano Padrão muito chuvoso.

Biografia do Autor

Michaell Douglas Barbosa Pereira, Universidade Federal da Paraíba

Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestre em Geografia pelo programa de pós-graduação em Geografia pela UFPB. É membro do grupo de estudo "Clima Urbano e Recursos Naturais" vinculado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a UFPB, atuando na área da Climatologia Aplicada ao Planejamento e Monitoramento Ambiental.  Possui conhecimento na área de Climatologia, especialmente sobre a circulação atmosférica sobre a Costa Leste do Nordeste.

Marcelo de Oliveira Moura, Universidade Federal da Paraíba

Possui graduação em Geografia (Licenciatura Plena e Bacharelado- 2006) pela Universidade Federal do Ceará, mestrado (2008) e doutorado (2013) em Geografia pelo Programa de Pós- Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará. É Professor Adjunto do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba- Campus I, lecionando nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Geografia e Bacharelado em Engenharia Ambiental. Atualmente é coordenador do Subprojeto de Licenciatura em Geografia do Programa de Consolidação das Licenciaturas- PRODOCÊNCIA/CAPES- Edital 19/2013, do Subprojeto de Geografia do Programa Institucional de Bolsa à Iniciação à Docência-PIBID (UFPB)- Edital nº 061/2013/PIBID/DEB/CAPES e integrante da equipe pedagógica do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores da UFPB- LIFE/UFPB- Edital nº 067/2013/CAPES.É líder do grupo de pesquisa Clima Urbano e Recursos Naturais e pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Geográfica- GEPEG.

Daisy Beserra Lucena, Universidade Federal da Paraíba

Doutora (2008), mestre (2001) e graduada (1999) em Meteorologia pela Universidade Federal de Campina Grande. Atua profissionalmente como Professora Adjunta na Universidade Federal da Paraíba ? Campus João Pessoa, ministrando disciplinas para os cursos de Graduação em Geografia e Engenharia Ambiental. Professora credenciada no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência nas área de atuação Interação Oceano/Atmosfera, Climatologia da Região Nordeste do Brasil e Eventos extremos de precipitação.

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Publicado

2020-02-09

Como Citar

Pereira, M. D. B., Moura, M. de O., & Lucena, D. B. (2020). ANÁLISE DA VARIABILIDADE PLUVIOMÉTRICA INTERANUAL DA ZONA DA MATA NORDESTINA E A IDENTIFICAÇÃO DE ANOS PADRÃO. Revista Brasileira De Climatologia, 26. https://doi.org/10.5380/abclima.v26i0.61276

Edição

Seção

Artigos