CLIMA URBANO E SAÚDE: ELEMENTOS CLIMÁTICOS E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS OBSERVADAS NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (MG) ENTRE 2013 E 2014

Autores

  • Denise Marques Sales Universidade Federal de Minas Gerais UFMG
  • Wellington Lopes Assis Universidade Federal de Minas Gerais UFMG
  • Braulio Magalhães Fonseca Universidade Federal de Minas Gerais UFMG

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v1i0.61035

Palavras-chave:

Elementos Climáticos, Ambiente Urbano, Doenças Respiratórias

Resumo

No município de Belo Horizonte (MG) são registrados todos os anos um número elevado de ocorrência de doenças respiratórias, constituindo em uma das principais causas de internação no Sistema Único de Saúde. Diante desse cenário, este estudo teve como objetivo identificar a relação entre os elementos climáticos e a ocorrência de doenças respiratórias na capital mineira. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizados registros mensais de cinco estações meteorológicas pertencentes à Fundação Estadual do Meio Ambiente e de quatro estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia, localizadas dentro do município e/ou próximas ao limite municipal. Foram analisados dados sobre a temperatura do ar, umidade relativa, precipitação, particulados (PM10) e monóxido de carbono para os anos de 2013 e 2014. Os sistemas atmosféricos atuantes no período foram identificados utilizando-se cartas sinóticas, disponibilizadas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil, e imagens de satélite, disponíveis na página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. As informações relacionadas às doenças respiratórias foram disponibilizadas pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Nesse banco de dados consta o número de atendimentos em unidades de saúde pública registradas com o Código Internacional de Doenças (CID) 10, de J00 a J99, para os sexos feminino e masculino de crianças de 0 a 5 anos. A interpolação, a análise multicritério e espacialização dos dados foram feitas no software ArcGis 10.3 e em planilha eletrônica do Microsoft Excel. Os resultados mostraram tendências sazonais nos picos de atendimentos nas unidades de saúde, principalmente para o mês de abril. A partir desse mês o volume diário de precipitação é reduzido e verifica-se um aumento gradativo na quantidade de particulados e CO na atmosfera belo-horizontina. É um período em que são registradas elevadas amplitudes térmicas diárias em função da participação de sistemas atmosféricos estáveis, principalmente do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul e da Massa Polar Atlântica. Existem evidencias de que as crianças sofrem mais nessas condições de tempo meteorológico, aumentando os riscos a infecções por vírus e bactérias no sistema respiratório.

Biografia do Autor

Denise Marques Sales, Universidade Federal de Minas Gerais UFMG

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), linha da pesquisa Análise Ambiental. Graduada em Geografia e Análise Ambiental pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UNIBH (2011). Possui experiência na área de Geografia, com ênfase em Análise Ambiental, Planejamento Urbano, Climatologia e Geoprocessamento.

Wellington Lopes Assis, Universidade Federal de Minas Gerais UFMG

Possui graduação (1997 e 1999), mestrado (2001) e doutorado (2010) em Geografia pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Geografia e Análise Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia, clima urbano, mudanças climáticas locais e geoprocessamento aplicados aos estudos climáticos. Atualmente é professor nos cursos de graduação e pós-graduação do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais.

Braulio Magalhães Fonseca, Universidade Federal de Minas Gerais UFMG

Professor Adjunto do Departamento de Cartografia do IGC/UFMG. Doutor em Geografia/Análise Ambiental e Mestre em Geografia/Análise Ambiental pelo IGC/UFMG. Tem experiência em Avaliação de Impacto Ambiental em empreendimentos de mineração, logística e hidroenergia, tem experiência em Planos Diretores e Planos de Manejo, levantamento planialtimétrico, cadastro urbano, cadastro rural e cadastro 3D. Atua nas áreas de Cartografia, Sensoriamento Remoto, Geodesign, Geomorfologia, Planejamento Urbano e Regional.

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Publicado

2018-11-08

Como Citar

Sales, D. M., Assis, W. L., & Fonseca, B. M. (2018). CLIMA URBANO E SAÚDE: ELEMENTOS CLIMÁTICOS E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS OBSERVADAS NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (MG) ENTRE 2013 E 2014. Revista Brasileira De Climatologia, 1. https://doi.org/10.5380/abclima.v1i0.61035

Edição

Seção

Dossiê Climatologia de Minas gerais