ASPECTOS CLIMATOLÓGICOS ASSOCIADOS AO CULTIVO DA OLIVEIRA (Olea europaea L.) EM MINAS GERAIS
DOI:
https://doi.org/10.5380/abclima.v22i0.56825Palavras-chave:
Eventos extremos, Precipitação, TemperaturaResumo
No intuito de suprir as necessidades do consumo interno de azeite e azeitona, muitos produtores no Brasil, mais especificamente no sul de Minas Gerais, têm investido nesse cultivo. Entretanto, para viabilizar a expansão da olivicultura é necessário conhecer as condições climáticas limitantes ao seu cultivo, principalmente em relação a eventos extremos de temperatura e precipitação; que são os maiores limitantes à olivicultura. Por isso, o objetivo deste estudo é determinar as áreas climatologicamente aptas ao cultivo da oliveira, em Minas Gerais. Para isso, foram calculadas as climatologias mensais de precipitação e das temperaturas média, máxima e mínima do ar; para o período de 1981 a 2010, em 49 estações meteorológicas de Minas Gerais. Também foram calculados os percentis para determinação de eventos extremos de precipitação (P5 e P95), temperatura máxima (T90) e mínima (T10); além de contabilizar o número de casos com temperatura inferior a 9,5°C e superior a 30°C. Por fim, foi analisado a relação da quantidade dos eventos extremos com as fases fenológicas da oliveira. Os eventos de temperatura inferior a 9,5°C, ocorrem com maior frequência (≥1500 eventos) na região sul do estado. Com relação a eventos de temperatura superior a 30°C, há um maior número de casos (≥1000 eventos) no noroeste, norte, Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Central e Triângulo Mineiro. Já a precipitação não inviabiliza o cultivo de oliveira em Minas Gerais, principalmente pela possibilidade de irrigação suplementar nas regiões com maiores registros de P5 e pelo pequeno número de casos (≤ 24 eventos) de P95. Somente as regiões sul e pequena parte do centro-oeste de Minas Gerais possuem características climáticas favoráveis ao cultivo de oliveira
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