ONDA DE FRIO? ANÁLISE DE DIFERENTES MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO

Autores

  • Maikon Passos Amilton Alves Universidade Federal de Santa Catarina - GEDN/LabClima
  • Rafael Brito Silveira Universidade Federal de Santa Catarina - GEDN/LabClima http://orcid.org/0000-0002-7062-3540
  • Daniel Pires Bitencourt Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - (FUNDACENTRO)
  • Alberto Elvino Franke Universidade Federal de Santa Catarina - GEDN/LabClima

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v21i0.54821

Palavras-chave:

Onda de frio, Métodos distintos, Análise estatística

Resumo

Episódios de extremos de temperatura, por vezes, são negligenciados como desastres no Brasil. Maior atenção é dada quando são gerados prejuízos para a agricultura, entretanto, os extremos de temperatura ou as ondas de frio (OdF) e as ondas de calor também impactam em outros setores, sem hierarquizá-los quanto a importância. Por mais que uma vertente de climatólogos (talvez a mais evidente) aponte para o aquecimento, de forma geral, da Terra e, seja dada mais importância aos futuros eventos de calor; a maioria das pesquisas aponta para uma intensificação dos eventos extremos, inclusive os de frio. Neste sentido, o presente artigo tem como objetivo central, analisar dez métodos distintos para identificação de OdF, testando-os e comparando-os entre si, em três locais diferentes de Santa Catarina (Lages, Chapecó e Florianópolis), a partir de dados observados de estações convencionais entre 2000 e 2010. Os resultados do número (nº) de OdF detectados pelos dez métodos, por estação do ano, nas três localidades, foram submetidos à Análise da Variância Fatorial com nível de significância de α=5%, para verificar quais métodos são diferentes estatisticamente entre si. Posteriormente, foi aplicado o teste de comparação múltipla de médias de ocorrências de OdF pelo teste Tukey ao nível de α=5%. Todas as análises foram realizadas no software STATISTICA 8.0®‎. Os resultados principais demonstraram que os métodos de detecção de OdF variaram, estatisticamente, em função do local e da época do ano, apresentando interação com as estações anuais. O rigor específico de cada método é determinante para o nº de OdF, baseado nos limiares estabelecidos e também no nº de dias. Alguns métodos se destacaram pelo grande rigor na identificação das ondas, outros pelo menor rigor, refletindo no nº total; aqueles que se utilizam da temperatura média (Tméd) foram os intermediários, com a utilização da Tméd espera-se eliminar problemas com locais frios apenas em um momento do dia (amplitude térmica). Por fim, entende-se que a determinação de qual método utilizar depende da finalidade do estudo e, necessariamente, é preciso buscar uma padronização em nível nacional. 

Biografia do Autor

Maikon Passos Amilton Alves, Universidade Federal de Santa Catarina - GEDN/LabClima

Geógrafo (UFSC), Doutorando em Geografia - PPGG/UFSC - Departamento de Geociências - membro do Laboratório de Climatologia Aplicada (LabClima) e do Grupo de Estudos de Desastres Socionaturais (GEDN), ambos da UFSC. Pesquisa na área de Geociências, especialmente ligado a Climatologia Geográfica e aos Desastres.

Rafael Brito Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina - GEDN/LabClima

Geógrafo (UFSC), Doutorando em Geografia - PPGG/UFSC - Departamento de Geociências - membro do Laboratório de Climatologia Aplicada (LabClima) e do Grupo de Estudos de Desastres Socionaturais (GEDN), ambos da UFSC. Pesquisa na área de Geociências, especialmente ligado a Climatologia Geográfica e aos Desastres.

Daniel Pires Bitencourt, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - (FUNDACENTRO)

Meteorologista (UFPel), Doutor em Física (UFSM). Pesquisador na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - (FUNDACENTRO). Atua principalmente nos seguintes temas: meteorologia de mesoescala, modelagem numérica, eventos meteorológicos de alto impacto e meteorologia aplicada à proteção civil, saúde pública e saúde ocupacional.

Alberto Elvino Franke, Universidade Federal de Santa Catarina - GEDN/LabClima

Agrônomo (UFSM), Doutor em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (UFRGS). Professor Titular do Departamento de Geociências da UFSC e coordenador atual do LabClima/UFSC. Atua principalmente nas áreas de: climatologia, estatística e geoestatística.

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Publicado

2017-10-24

Como Citar

Alves, M. P. A., Brito Silveira, R., Bitencourt, D. P., & Franke, A. E. (2017). ONDA DE FRIO? ANÁLISE DE DIFERENTES MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO. Revista Brasileira De Climatologia, 21. https://doi.org/10.5380/abclima.v21i0.54821

Edição

Seção

Artigos