RELAÇÃO INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA DE CHUVAS EXTREMAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL

Autores

  • Camila Bittencourt Silva Universidade Federal de Lavras
  • Luiz Fernando Coutinho de Oliveira Universidade Federal de Lavras

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v20i0.49286

Palavras-chave:

Chuva intensa, Relação IDF, Espacialização.

Resumo

As relações intensidade-duração-frequência (IDF) possibilitam a determinação da chuva de projeto, importante no dimensionamento de obras hidráulicas nas áreas urbanas e rurais. A escassez de estações pluviográficas levou ao desenvolvimento de metodologias que permitam a estimação da relação IDF por meio de técnicas de desagregação de chuvas utilizando dados de pluviômetros. Neste contexto, objetivaram-se a geração de mapas temáticos dos parâmetros ajustados das relações IDF, para 2.042 estações pluviométricas, localizadas na região Nordeste do Brasil. Foram selecionadas as estações pluviométricas que apresentaram séries históricas com, no mínimo, 15 anos de observações diárias ininterruptas. As chuvas de 1 dia foram desagregadas, permitindo assim a geração das séries de chuvas com durações de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 60, 360, 480, 600, 720 e 1440 minutos. O modelo de probabilidade de Gumbel foi empregado na análise da distribuição de frequência e na estimativa das chuvas intensas para os períodos de retorno de 5, 10, 25, 50 e 100 anos. Na verificação da aderência das frequências estimadas às observadas utilizou-se do teste do Qui-quadrado e a qualidade do ajuste dos parâmetros das relações IDF, o coeficiente de desempenho de Willmott. Para todas as estações empregadas neste estudo, os coeficientes de desempenho de Willmott apresentaram valores acima de 0,85, conferindo um perfeito ajuste das relações IDF com coeficientes de determinação próximos de 1,0. A constatação da dependência espacial dos parâmetros da relação IDF por meio do coeficiente de variação, permitiu a utilização da técnica de krigagem na regionalização dos valores, gerando mapas temáticos que originaram informações para locais desprovidos de monitoramento. A qualidade da superfície predita foi avaliada por meio da análise de erros gerados pela validação que seguiram uma distribuição normal, premissa básica desejável em geoestatística.

Biografia do Autor

Luiz Fernando Coutinho de Oliveira, Universidade Federal de Lavras

Professor Titular do Departamento de Engenharia da Universidade Federal de Lavras, área de atuação: Engenharia de Água e Solo, Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos

Downloads

Publicado

2017-08-01

Como Citar

Bittencourt Silva, C., & Coutinho de Oliveira, L. F. (2017). RELAÇÃO INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA DE CHUVAS EXTREMAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL. Revista Brasileira De Climatologia, 20. https://doi.org/10.5380/abclima.v20i0.49286

Edição

Seção

Artigos