CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS PRECIPITAÇÕES ACUMULADAS INTENSAS NO ALTO URUGUAI GAÚCHO

Autores

  • Fabio de Oliveira Sanches Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS
  • Darline Simoni Balen Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS.
  • Roberto Valmir da Silva Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS.
  • Kátia Kellem da Rosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.
  • André Luiz Radünz Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai (IDEAU), campus Passo Fundo, RS

DOI:

https://doi.org/10.5380/abclima.v15i0.38074

Palavras-chave:

Pêntadas, Eventos intensos, Testes estatísticos, Cartas sinóticas

Resumo

No mês de junho de 2014, a sequência de oito dias de chuvas ininterruptas promoveu uma série de transtornos (inundações, deslizamentos de terra, interdição de estradas) à parte da população dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O trabalho objetiva identificar a ocorrência de eventos acumulados intensos de precipitação na região do alto Uruguai gaúcho, bem como seus mecanismos sinóticos responsáveis por esses acumulados de chuva. Dados diários de precipitação foram acumulados em grupos de cinco dias (pêntadas), perfazendo o total de 73 pêntadas anuais, no decorrer dos 53 anos da série (1961-2014). A aplicação do percentil 99 ao conjunto de dados determinou o valor do acumulado intenso (157,4 mm). Com base nesse valor foram calculadas a Frequência Absoluta, Frequência Relativa e o Tempo de Retorno desses acumulados intensos. Os resultados demonstraram que, dos dez eventos acumulados mais intensos, 70% ocorreram entre as pêntadas 30 e 47. Os eventos dos anos de 2014 e 1992 foram os mais intensos, acumulando, respectivamente, 366,7 mm e 328,0 mm. Os resultados demonstraram que os acumulados pluviométricos intensos entre 200 e 250 mm possuem um tempo de retorno de cerca de cinco anos. Já a análise sinótica desses eventos revelou que tais eventos são consequência da formação de frentes estacionárias e semiestacionárias com duração mínima de 36 horas. Nos eventos de maior intensidade, o tempo de permanência do sistema frontal e estacionário foi de 120 horas, para 2014 e, 32 horas para 1992. Dessa forma, verifica-se que eventos acumulados intensos têm sido frequentes no decorrer dos 53 anos da série, podendo, estes, estarem relacionados às mudanças climáticas, sobretudo pela intensificação dos casos nos últimos anos (1992 e 2014).

Biografia do Autor

Fabio de Oliveira Sanches, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor de climatologia dos cursos de Geografia, Engenharia Ambiental e Agronomia da Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim-RS

Darline Simoni Balen, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS.

Acadêmica do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Federal da Fronteira Sul - campus Erechim.

Roberto Valmir da Silva, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS.

Doutor em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010)/Doutor em Urban and Environmental Engineering - Kyoto University (2011). Atualmente é Professor Adjunto I da Universidade Federal da Fronteira Sul.

Kátia Kellem da Rosa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

Doutora Geologia Marinha (UFRGS). Professora no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS.

André Luiz Radünz, Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai (IDEAU), campus Passo Fundo, RS

Doutor em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Professor de Agronomia do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai (IDEAU), campus Passo Fundo, RS

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Publicado

2015-04-15

Como Citar

Sanches, F. de O., Balen, D. S., Silva, R. V. da, Rosa, K. K. da, & Radünz, A. L. (2015). CHUVAS NO RIO GRANDE DO SUL: UM ESTUDO SOBRE AS PRECIPITAÇÕES ACUMULADAS INTENSAS NO ALTO URUGUAI GAÚCHO. Revista Brasileira De Climatologia, 15. https://doi.org/10.5380/abclima.v15i0.38074

Edição

Seção

Artigos