ANÁLISE DE CHUVAS OROGRÁFICAS NO CENTRO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.5380/abclima.v13i0.33431Palavras-chave:
Chuva de relevo, Análise estatística, Imagens de satéliteResumo
No Estado do Rio Grande do Sul (RS) o regime pluviométrico não é homogêneo, apresentando variabilidade espacial e temporal condicionadas às interações de diferentes mecanismos climáticos. Estas particularidades fazem surgir diferentes comportamentos da chuva, incluindo as chuvas orográficas. O objetivo deste artigo é analisar a provável existência do efeito orográfico nas chuvas da região central do RS. O estudo foi realizado no município de Silveira Martins, pois sendo vizinho do município de Santa Maria, está no limite da Depressão Central e o Planalto Meridional Riograndense. Para atingir o objetivo foi realizado o monitoramento das chuvas com a instalação de dez postos pluviométricos. Foram instalados quatro postos a barlavento e seis a sotavento de Silveira Martins, sendo comparados estatisticamente os totais médios precitados nas duas posições. Além disso, caracterizaram-se os eventos de chuva a partir de imagens de satélite do banco de dados digital do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O monitoramento ocorreu no ano hidrológico de 2011/2012, totalizando 30 eventos e, em média, 953,13 mm de chuva. Ao nível de significância de 5%, a análise estatística sugere a ocorrência de efeito orográfico. A partir da análise das imagens de satélite nos dias dos eventos pode-se evidenciar que o efeito orográfico da região intensifica as chuvas frontais decorrentes do movimento das massas de ar polares, no sentido principal sudoeste-nordeste.
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