SISTEMA SÓCIO-ECOLÓGICO DA ILHA SÃO CRISTOVÃO, GALÁPAGOS: UMA ANÁLISE A PARTIR DAS PERCEPÇÕES DOS ATORES LOCAIS
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v46i1.57648Palavras-chave:
Conservação da biodiversidade, Sustentabilidade ambiental, Turismo, EquadorResumo
Galápagos é um arquipélago considerado como um laboratório para o estudo da evolução, o primeiro Parque Nacional do Equador, e é Patrimônio Natural da Humanidade. Entretanto, com a chegada de cerca de 218 mil turistas ao ano, há pressão sobre os frágeis ecossistemas deste arquipélago insular. Esta pesquisa objetivou analisar o Sistema Sócio-Ecológico (SSE) da Ilha São Cristovão a partir das percepções dos habitantes sobre ameaças, mudanças e impactos ocorridos a partir da publicação da Lei Especial de Galápagos em 10 de março de 1998 até 2017. As informações obtidas basearam-se em entrevistas semiestruturadas com 260 moradores. Ademais, aplicaram-se as técnicas exploratórias de análise fatorial de correspondência múltipla “AFCM" para 30 variáveis cuja descrição perpassa os problemas discutidos nas sessões da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A Ilha São Cristovão apresenta homens (53,46%) e mulheres (46,54%) residindo principalmente em Porto Baquerizo (71,92%); a maioria (60%) proveniente de Galápagos. As correlações da análise estatística evidenciaram uma tendência a respostas positivas, contudo sinalizaram alguns impactos no modo de vida, especialmente relacionado ao aumento do turismo, às espécies introduzidas e à redução da mina, devido a extração de areia, cascalho e pedra para fazer as construções. Diante desse cenário, os atores locais delineiam um sistema com nuances sociais, ambientais e econômicas interligadas, mas conflitantes, necessitando de uma gestão mais eficaz.
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