DESAFIOS E POTENCIALIDADES DAS PEQUENAS CIDADES NO CONTEXTO DE UMA SOCIEDADE URBANA: ALGUNS APONTAMENTOS COM BASE NA REALIDADE DE FRUTAL-MG E SÃO GOTARDO-MG
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v35i0.38065Palabras clave:
Pequenas Cidades, Condições socioambientais, PerspectivasResumen
A quantidade de pequenas cidades na rede urbana brasileira é significativa, sendo que os municípios com população de até 50 mil habitantes concentravam no ano de 2010 40% da população do país. Nestas cidades é comum o paradoxo da potencialidade para o sucesso das ações de planejamento, especialmente aquelas relacionadas ao provimento de infraestrutura urbana básica, por exemplo, devido ao espaço ser mais restrito. Porém, por outro lado, há entraves, como a substituição do planejamento pela gestão e a ausência de pessoas qualificadas, tanto para a elaboração quanto para a implementação dos planos. O objetivo do artigo é apresentar algumas considerações sobre a situação das dimensões básicas à reprodução social, que deve proporcionar o bem estar e, que, portanto encontram-se entre as questões prioritárias para o desenvolvimento urbano. Logo, são considerados como exemplos as cidades de São Gotardo (31.819 habitantes) e Frutal (53.460 habitantes), localizadas no estado de Minas Gerais. Conclui-se que, ainda que existam entraves no planejamento, em ambas as cidades as condições socioeconômicas são relativamente boas, sem graves problemas sociais. Suas economias são baseadas na agricultura moderna, a qual condiciona a dinâmica e organização intraurbana, bem como as características demográficas, especialmente no que diz respeito à migração e a supremacia da população do sexo masculino que trabalha no campo. Notadamente em São Gotardo, a prática da agricultura moderna é mais intensa, o pode ter reflexos na saúde da população local, o que desperta preocupação e demanda de estudos específicos.
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