Open Journal Systems

SOME REMARKS ON TODO N IN BRAZILIAN PORTUGUESE

Roberta Pires de Oliveira

Resumo



Várias propriedades sintáticas e semânticas de todo N, chamadas bare universal phrase (BUP), e todos(s) o(s) N(s), defined universal phrase (DUP), podem ser explicadas atribuindo-se uma estrutura semântica a cada sintagma quantificacional. Se nossa proposta semântica estiver correta, torna-se incorreta a afirmação de Peres (1992) de que a presença do artigo definido no sintagma quantificacional é nula. As estruturas semânticas atribuídas a BUP e DUP justificam a hipótese de que todo N não é um quantificador. Tal hipótese encontra ressonância na proposição de Negrão (2002), que afirma ser todo N um indefinido, no sentido de Heim. As análises de Dayal (1998) e Saeboe (2001) acerca de any são usadas para mostrar que todo N é um universal, não um indedinido. Além disso, trata-se de um modal. A discussão a respeito da generalização de Enç é feita para demonstrar que, uma vez que se considere todo como quantificador como a melhor solução, tal generalização deverá ser revista. Nossa proposta é a de manter a distinção entre a distinção entre quantificação e especificidade. A especificidade é dada pela presença do artigo definido. O quantificador propriamente dito expressa quantificação. Tal proposta abre a possibilidade de uma classe de quantificadores não-específicos (talvez modais), dos quais todo N é um exemplo central.


Abstract


Several syntactic and semantic properties of todo N, named bare universal phrase
(BUP), and todo(s) o(s) N(s), defined universal phrase (DUP), may be explained by
attributing to each quantifier phrase a semantic structure. If our semantic proposal is
correct, then Peress (1992) claim that the presence of the definite article in the quantifier
phrase is vacuous is not right. The semantic structures attributed to BUP and DUP lead
to the hypothesis that todo N was not a quantifier. Such a hypothesis finds resonance in
Negrãos proporal (2002) that claims that todo N is an indefinite in Heims sense.
Dayals (1998) and Saeboes (2001) analyses of any are used to show that todo N is a
universal, not an indefinite. Moreover it is a modal. The discussion of Ençs generalization
is brought up in order to show that if considering todo as a quantifier is a better solution,
then Ençs generalization needs to be revised. Our proposal is to keep apart quantification
from specificity. Specificity is given by the presence of the definite article. The quantifier
itself expresses quantification. Such a proposal opens up the possibility of a class of
non-specific (perhaps modal) quantifiers, of which todo N is a central example.


Palavras-chave


quantificação; semântica formal; português brasileiro; quantification; formal semantics; Brazilian Portuguese.

Texto completo:

PDF


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v60i0.2874