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O PAPEL DAS PAISAGENS MONTANHOSAS NO DESENVOLVIMENTO DO MÉTODO GEOGRÁFICO DE ALEXANDER VON HUMBOLDT (1769-1859)

Aparecida Fátima Carvalho Soares Neta, Francisco de Assis Gonçalves Junior

Resumo


A presente pesquisa busca analisar a relação entre os estudos de Alexander von Humboldt sobre as paisagens montanhosas e a organização de seu método geográfico de análise. Para tal, iniciamos a discussão através de uma análise histórica das formas de entendimento da natureza e em especial das montanhas, tanto em período pretérito como durante o período de atividade do autor, podendo assim delinear um quadro geral de influências. Em seguida buscamos apontar o quadro filosófico responsável pela organização do pensamento de Humboldt na transição do século XVIII para o XIX, nesse sentido enfatizamos principalmente elementos da filosofia kantiana e do romantismo alemão a partir das figuras de Goethe, Schiller e Schelling. Através desta pesquisa consideramos que o método elaborado por Humboldt, voltado a ultrapassar sem negar o mecanicismo, portanto, estruturado também por um viés artístico/cientifico a partir da estética romântica, teve como importante ponto de fusão o profundo interesse do pesquisador pelas paisagens montanhosas. Ainda sob esta perspectiva consideramos que sua epifania em relação ao construto epistemológico da Geografia Moderna via paisagem ocorreu justamente durante sua viagem pelas Américas, mais precisamente em sua empreitada rumo ao cume do vulcão Chimborazo em 1802.


Palavras-chave


Romantismo alemão; Método; Montanhas.

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AUTORIZAÇÃO ARTIGO


DOI: http://dx.doi.org/10.5380/geografar.v15i2.74168