ORIGEM E CONDIÇÕES REDOX DE FORMAÇÃO DAS CROSTAS DE FE E MN DO MONTE SIRIUS: UM ESTUDO COMPARATIVO COM OUTRAS CROSTAS DA ELEVAÇÃO DO RIO GRANDE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/bpg.v83i2.99866

Resumo

Na última década, as crostas de Fe e Mn presentes na Elevação do Rio Grande (ERG) têm sido extensamente estudas com o intuito de se conhecer melhor a sua gênese e características. Este trabalho visa contribuir através da caracterização dos processos de formação das crostas de Fe e Mn presentes no Monte Sirius. Foi possível identificar dois grupos distintos de crostas através da concentração dos Elementos Terras Raras (ETR). O Grupo 1 revelou valores de ETRPAAS < 10, ligeiro enriquecimento de ETR pesados, anomalia negativa de Ce e positivas de La e Y e origem diagenética. O Grupo 2 apresentou valores de ETRPAAS > 10, forte anomalia positiva de Ce e negativa de Y e origem hidrogenética. Assim como outros trabalhos, nos resultados indicam que as crostas de águas profundas são predominantemente hidrogenéticas e pouco fosfatizadas, enquanto crostas de águas rasas passaram por processos diagenéticos e fosfatização mais intensos. As anomalias positivas de Ce correlacionam-se com Zonas de Mínimo Oxigênio (ZMO) e elevada produtividade primária. Por fim, os resultados contribuem para compreender melhor a origem e a evolução das crostas da ERG.

Biografia do Autor

Emilio Evo Magro Correa Urbano, UFOP

     

Marcos Nóbrega II, CPRM/SBG

Graduado em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003) e em Oceanografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010). Mestre em Geologia e Geofísica Marinha pela Universidade Federal Fluminense (2011). Em 30 de junho de 2010 entrou como Pesquisador em Geociência pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), também conhecido como Serviço Geológico do Brasil, nas áreas de hidrogeologia atuando na região norte do Brasil. Coordenou o Projeto SIAGAS em conjunto com o Projeto Qualidade de Água Subterrânea no perímetro urbano de Porto Velho, Rondônia. Atualmente trabalha na Divisão de Geologia Marinha (DIGEOM), na área de águas profundas dentro do projeto Pró Cordilheira, também atua no projeto ERG. Está lotado na cidade de Fortaleza junto a REFO. Titulado en Geologia en la Universidad Federal de Minas Gerais (2003) y en Oceanografia por la Universidad del Estado de Rio de Janeiro (2010). Magister en Geologia y Geofísica Marina por la Universidad Federal Fluminense (2011). Investigador en Geociências de la empresa brasileira Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

Joana Reis Magalhães, CPRM/SBG

Graduada em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008), onde trabalhou em diversos projetos de mapeamento geológico. Mestre em Geologia pelo Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis, na área de concentração Tectônica, Petrologia e Recursos Minerais da Faculdade de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2012), trabalhando com petrologia, geoquímica e caracterização tectônica de diques máficos alcalinos. Realizou estágio de pesquisa em geoquímica isotópica e geocronologia na Université du Québec à Montréal, Montréal, Canadá, e na Université de Lausanne, Lausanne, Suíça. Doutora pela Universidade Federal de Minas Gerais (2019), com foco em Petrologia metamórfica, geoquímica isotópica e geocronologia, realizou um ano de pesquisa na Université de Lausanne, na Suíça (2016). Atualmente é Pesquisadora em Geociências/Geóloga no Serviço Geológico do Brasil - CPRM e ocupa o cargo de Diretora Finaceira da Sociedade Brasileira de Geologia - Núcleo Minas Gerais (biênio 2021-2022).

Eduardo Duarte Marques, CPRM/SBG

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2003), mestrado em Geoquímica pela Universidade Federal Fluminense (2006) e doutorado em Geoquímica também pela Universidade Federal Fluminense (2010). Atualmente trabalha no Serviço Geológico do Brasil (CPRM), onde exerce o cargo de Geoquímico Especialista da Divisão de Geoquímica (DIGEOQ), sendo o atual Coordenador Nacional de Geoquímica, atuando em projetos em todo território nacional, principalmente na Superintendência Regional de Belo Horizonte, tanto em serviços de Prospecção Mineral quanto de Geoquímica Ambiental. Possui experiência na área de Geoquímica, com ênfase em Geoquímica de Prospecção, Hidrogeoquímica e Geoquímica Ambiental. É também pesquisador membro dos grupos multi-institucionais de pesquisa CNPq 1) Geodinâmica de Terrenos Pré-Cambrianos e Sistemas Minerais Associados (SisMineral - UnB); 2) Mapeamento Geoquímico Multipropósitos (UFF). É também orientador da indústria do Student Chapter SEG (Society of Economic Geologists) da UFRuralRJ e da UFG.

Julio Lombello, CPRM/SBG

Especialista em Administração Pública, Planejamento e Gestão Governamental pela Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho, da Fundação João Pinheiro (2018). Possui graduação em Engenharia Geológica pela Escola de Minas de Ouro Preto, da Universidade Federal de Ouro Preto (2006); e mestrado pelo departamento de Geociências, com ênfase em Geologia Regional pela Universidade Federal do Amazonas (2011). Atualmente é Engenheiro Geólogo e Pesquisador em Geociências da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Cartografia Geológica, Geologia Estrutural, Petrologia, e Geoquímica Isotópica aplicada à Geologia Regional na Superintendência de Belo Horizonte, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais/Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SGB).

Jonathan Rojas, CPRM/SBG

Geólogo pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (2007), atuando principalmente como Responsável Técnico na Litoteca Regional de Caeté - LIR-Caeté e Laboratório de Preparação de Amostras. Já atuou nas áreas de Mapeamento Geológico (participação no Projeto Rio Pardo de Minas), Chefe de campo de prospecção Geoquímica (participação nos levantamentos do Projeto Vazante/Paracatu), Mapeamento de Áreas de Risco (cidades de Guidoval, Guiricema e Ubá), Recursos Minerais (participação no Projeto Lítio no Brasil).

Referências

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Amígdala de apofilita e escolecita e basalto. Amostra do grupo PET Geologia

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Publicado

30.07.2025

Como Citar

Urbano, E. E. M. C., Nóbrega II, M., Magalhães, J. R., Marques, E. D., Lombello, J., & Rojas, J. (2025). ORIGEM E CONDIÇÕES REDOX DE FORMAÇÃO DAS CROSTAS DE FE E MN DO MONTE SIRIUS: UM ESTUDO COMPARATIVO COM OUTRAS CROSTAS DA ELEVAÇÃO DO RIO GRANDE. Boletim Paranaense De Geociências, 83(2), 1–10. https://doi.org/10.5380/bpg.v83i2.99866

Edição

v. 83 n. 2 (2025): GeoMinE

Seção

Artigos do GeoMinE

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