PALEONTOLOGIA DE MICROVERTEBRADOS DA LAPA DO SANTO (PLEISTOCENO – HOLOCENO), LAGOA SANTA, ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.5380/bpg.v83i1.96011Palavras-chave:
Taxonomia, tafonomia, paleoambiente, vertebrados.Resumo
A Lapa do Santo é o sítio arqueológico mais estudado da região de Lagoa Santa (Minas Gerais), dada a vasta quantidade de materiais oriundos de escavações arqueológicas sistemáticas. O sítio caracteriza-se pelo acúmulo de cinzas, remanescentes faunísticos, artefatos líticos e sepultamentos humanos. As unidades de escavação M3 a M7 são tidas como as mais importantes por apresentarem organização estratigráfica e sequência cultural preservada, incluindo a ocupação humana do final do Pleistoceno e início do Holoceno, entre 12600 AP (antes do presente) e 8500 AP, seguida por um abandono da área no Holoceno Médio, com posterior retorno entre 5100 AP e 4200 AP por um grupo com as mesmas características culturais dos primeiros habitantes. O estudo de microvertebrados possibilita a descrição de novos taxa para a região e a obtenção de informações significativas em paleoecologia e paleobiologia. O objetivo principal deste trabalho foi identificar taxo e tafonomicamente os microvertebrados das Quadras M, visando observar variações faunísticas durante a ocupação humana local. A fauna identificada inclui peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, porém nenhum elemento apresentou-se como bom marcador ambiental. Processos tafonômicos naturais e resultantes de atividade humana foram observados. A divisão faunística realizada para análise refletiu os dois períodos de ocupação da Lapa do Santo, com as Faunas 1 e 2 apresentando composição faunística similar e possivelmente tendo ocorrido nas mesmas condições paleoambientais. A Fauna 3 (mais recente) apresentou-se distinta das demais, podendo estar associada a alguma ocupação humana desconhecida, deposição natural ou ambas.
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