Mapeamento e modelagem da assinatura térmica das intrusões magmáticas em Pinnacle Ridge, na região de Ruapehu, na Zona Vulcânica de Taupo (ZVT), Nova Zelândia.
DOI:
https://doi.org/10.5380/geo.v81i1.89492Palavras-chave:
Modelagem Térmica, Magmatismo, Sistemas GeotermaisResumo
Esta monografia tem como objetivo elaborar modelos térmicos unidimensionais que auxiliem a definição e interpretação de halos de alteração em sistemas geotermais associados a intrusões magmáticas em Pinnacle Ridge, na região de Ruapehu, pertencente à Zona Vulcânica de Taupo (ZVT), Nova Zelândia. Mineralizações e corpos mineralizados presentes na crosta terrestre são frequentemente relacionados aos efeitos térmicos da ascensão e solidificação magmática em sistemas hidrotermais. Em geral, a condutividade térmica de rochas cristalinas (como granitos e basaltos) é mais elevada do que em rochas sedimentares. Assim, o alojamento de intrusões deste tipo próximas à superfície é capaz de gerar um aumento da temperatura na região afetada. Esta informação é valiosa, uma vez que auxilia a compreensão de como as anomalias térmicas geradas a partir de eventos magmáticos podem ter contribuído para a geração de campos geotérmicos, assim como à maturação de hidrocarbonetos em bacias sedimentares atípicas. A manifestação de processos magmáticos na crosta da Terra e seus efeitos sobre a evolução geodinâmica de uma região específica pode ser melhor entendida se analisada do ponto de vista de modelos numéricos, com o objetivo de descrever a variação temporal do campo de temperatura associado. A Lei de Fourier, permite quantificar a transferência de calor por condução através de equações de fluxo de calor onde o fluxo de calor é diretamente proporcional ao gradiente de temperatura. Modelos térmicos foram desenvolvidos considerando o tempo e o fluxo de calor entre intrusões e as rochas hospedeiras. Soluções analíticas com base em equações de calor foram implementados no software MATLAB para gerar gráficos que destacam a relação entre o fluxo de calor, tempo e distância. As intrusões mais representativas foram analisadas isoladamente (caso hipotético) e posteriormente comparadas com o efeito térmico de múltiplas intrusões (dados de campo). Como esperado, a transferência de calor entre os corpos intrusivos e as rochas encaixantes se comporta de maneira diferente para os casos de múltiplas intrusões e intrusões unitárias. A interação das ondas de calor aumenta o perfil de temperatura, que requer mais tempo em uma área maior até que toda a área afetada atinja o equilíbrio térmico. De acordo com o modelo, tanto para o caso para intrusões unitárias e casos de intrusões múltiplas, os corpos intrusivos com maiores espessuras possuem maior influência nas rochas encaixantes a maiores distâncias. Para múltiplas intrusões, as ondas de calor se somam com o passar do tempo, aumentando o perfil de temperatura no interior na intrusão central devido a sua maior espessura.
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