Petrologia preliminar de corpos félsicos da porção central/nordeste da mina Serra Sul localizada em Canaã dos Carajás, no estado do Pará.

Autores

  • Hélio Junior Lima Monteiro Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/ Vale SA
  • Artur Corval Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Debora Grala Roldão Vale SA
  • Mozart Henrique Teixeira Vale SA

DOI:

https://doi.org/10.5380/geo.v80i1.87240

Palavras-chave:

Serra Sul, Carajás, petrologia, geoquímica

Resumo

Uma unidade extrusiva ácida neoarqueana inserida na seqüência metavulcanossedimentar (~2,76 Ga) do Grupo Grão Pará, Supergrupo Itacaiúnas, sendo representada por derrames basálticos sotopostos e sobrepostos a jaspilitos, riolitos, rochas vulcanoclásticas e diques/sills de gabros são subordinados, estando assim inserida no distrito Serra Sul na Província Mineral de Carajás, Pará. Este trabalho visa o entendimento dos processos ígneos envolvidos na gênese desta rocha ácida inserida concordamente nas formações ferríferas bandadas da Formação Carajás (FC), apoiados em dados de campo, petrográficos e geoquímicos. Inserida na sequência metavulcanossedimentar do Grupo Grão Pará (Domínio Carajás), os riolitos, rocha menos abundante na FC, ocorrem como derrames de lavas concordantemente ao longo do bandamento composicional da formação ferrífera bandada. O estudo dos testemunhos de sondagem de cinco furos estratigráficos que interceptam rochas ácidas da FC no corpo S11D (Serra Sul) demonstrou que estas rochas atingem pequenas espessuras. Os riolitos são vermelhos claros, porfiríticos, finos a médios e holocristalinos. Apresentam textura ígnea preservada sendo comumente inequigranular porfirítica. Seus constituintes primários essenciais são o quartzo e os feldspatos potássicos, os acessórios são o zircão, rutilo, apatita e minerais opacos além de secundários como muscovita, sericita e a clorita. Em geral, a rocha vulcânica estudada destaca-se pelo conteúdo de SiO2 entre 56,20 e 72,30 %peso, teores de CaO entre 0,01 e 0,06 %peso, com teores de K2O entre 1,10 e 3,76 %peso, TiO2 <1.0 %peso, MgO entre 0,19 e 4,06 %peso, Fe2O3t entre 7,75 e 22,20 %peso. Com base na litogeoquímica, as amostras foram classificadas como riolitos e dacitos na série subalcalina. Os riolitos da FC foram formados, provavelmente, em ambiente intraplaca continental e arco vulcânico, sendo estes pós-colisionais e com misturas de fontes, houve também contribuição de material crustal e mantélico com influência de zonas de subducção. Portanto, a Bacia Grão-Pará provavelmente foi formada em regime convergente relacionado a um ambiente do tipo subducção. No diagrama multielementar de elementos-traço e ETRs as rochas da FC apresentam um empobrecimento em LILEs (Rb, Ba, Sr, Ce) em relação aos HFSEs. As anomalias negativas de Sr, P e Ti são notáveis, além de anomalias negativas de Nb e K.

Biografia do Autor

Hélio Junior Lima Monteiro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/ Vale SA

Estudante de Mestrado do Programa Pós-graduação em Modelagem e Evolução Geológica, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro BR-465, Km 7, Seropédica - Rio de Janeiro - Brasil. CEP 23890-000;

Geólogo Master da Vale SA, Gerência de Geociências do Corredor Norte, Estrada Estadual PA 160, s/n, Canaã dos Carajás – Pará - Brasil, CEP 68537-000.

 

Artur Corval, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Professor Adjunto da Universidae Federal Rural do Rio de Janeiro

Debora Grala Roldão, Vale SA

Geóloga especialista

Mozart Henrique Teixeira, Vale SA

Geólogo Master

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Publicado

30-11-2022

Como Citar

Monteiro, H. J. L., Corval, A., Roldão, D. G., & Teixeira, M. H. (2022). Petrologia preliminar de corpos félsicos da porção central/nordeste da mina Serra Sul localizada em Canaã dos Carajás, no estado do Pará. Boletim Paranaense De Geociências, 49. https://doi.org/10.5380/geo.v80i1.87240

Edição

Seção

Artigos