ESTRATIGRAFIA E EVOLUÇÃO DA BARREIRA HOLOCÊNICA DO RIO GRANDE DO SUL NO TRECHO TRAMANDAÍ-CIDREIRA
DOI:
https://doi.org/10.5380/geo.v57i0.6043Palavras-chave:
estratigrafia costeira, barreiras costeiras, Shoreface Translation-Barrier Model, coastal stratigraphy, coastal barriersResumo
A barreira costeira de idade holocênica (sistema barreira-laguna IV), no Rio Grande do Sul, não evoluiu de um modo uniforme nos últimos 6 5 ka, ao longo dos seus 620km de extensão. O segmento da barreira investigado neste trabalho situa-se entre dois outros segmentos, um ao norte e outro ao sul, onde a barreira holocênica apresenta um caráter regressivo e transgressivo, respectivamente. Com base em dados morfológicos, litológicos de sub-superfície, datações por 14C e simulações de evolução costeira, foi definida uma natureza transgressiva para este segmento da barreira, porém não uniforme ao longo de seus 30 km de extensão, e estabelecida a sua cronologia evolutiva. Em Tramandaí, a barreira permaneceu relativamente estável nos últimos 6 5ka, enquanto que em Jardim do Éden e Cidreira a barreira apresentou um comportamento dominantemente transgressivo. Estas diferenças evolutivas são atribuídas a fatores locais que influenciaram no balanço de sedimentos. Como principal fator local é destacada a declividade diferenciada dos substratos da barreira em Tramandaí (0,062°), Jardim do Éden (0,067°) e Cidreira (0,069°), a qual, por sua vez, influenciou nas taxas de translação da barreira durante a elevação do nível do mar, e na energia das ondas incidentes no sistema praial.
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