DISTRIBUIÇÃO DE FORAMINÍFEROS E TECAMEBAS NO COMPLEXO ESTUARINO DA BAÍA DE PARANAGUÁ-PR

Autores

  • KÁTIA SIMONE JAWORSKI

DOI:

https://doi.org/10.5380/geo.v51i0.4191

Resumo

O principal objetivo deste trabalho foi compreender a distribuição dos foraminíferos bentônicos e tecamebas no verão e inverno, no complexo estuarino da Baía de Paranaguá-PR. Cento e doze amostras foram coletadas nas campanhas de verão e inverno de 1999. Dados de parâmetros hidrográficos (temperatura e salinidade), batimetria e parâmetros sedimentológicos (granulometria, matéria orgânica e carbonato de cálcio) foram obtidos para correlação com as associações microfaunísticas. Na área de estudo, foram observadas nas campanhas de verão e de inverno, as subordens Rotaliina, Textulariina e Miliolina de foraminíferos. No verão, predominaram os foraminíferos rotaliíneos, provavelmente em razão da estratificação da coluna d´água pelo grande aporte de água doce. No inverno, devido ao acentuado declínio dos rotaliíneos em função do menor alcance da cunha salina e menos estratificações em relação ao verão, predominaram os foraminíferos textulariíneos. A freqüência de tecamebas foi pequena no verão, ao passo que no inverno foram abundantes e associadas aos foraminíferos aglutinantes. Os foraminíferos miliolíneos foram bioindicadores de ambientes bem oxigenados devido à energia do meio. Outro bioindicador importante foi a espécie Pararotalia cananeiaensis, indicando no estuário ambientes com influência marinha. Por meio da análise de agrupamento, duas grandes associações de foraminíferos e tecamebas foram definidas para a campanha de verão: I - Pararotalia cananeiaensis/Bolivina striatula e II - Elphidium sp./ Caronia exilis. Para a campanha de inverno, foram definidas quatro associações distintas: I - Pararotalia cananeiaensis/ Pseudononion atlanticum, II -Cribroelphidium poyeanum/Ammonia tepida, III - Difflugia oblonga/Deuterammina ochracea/Lagenodifflugia vas e IV - Caronia exilis /Ammobaculites exiguus. A distribuição das associações de foraminíferos e tecamebas no estuário é condicionada, tanto no verão como no inverno, pela profundidade e salinidade.

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Como Citar

JAWORSKI, K. S. (2002). DISTRIBUIÇÃO DE FORAMINÍFEROS E TECAMEBAS NO COMPLEXO ESTUARINO DA BAÍA DE PARANAGUÁ-PR. Boletim Paranaense De Geociências, 51. https://doi.org/10.5380/geo.v51i0.4191

Edição

Seção

Resumos de Dissertações e Teses