A EXTRAÇÃO DE DIAMANTES NA HISTÓRIA GEOLÓGICA E MINERAL NO PARANÁ
DOI:
https://doi.org/10.5380/geo.v70i0.31655Keywords:
diamante, patrimônio mineiro, história da mineração.Abstract
O início da extração de diamantes no Paraná remonta à metade de século XVIII, poucas décadas depois da descoberta deste mineral em Diamantina (MG). Pouco conhecido em seus aspectos de gênese, depósitos e reservas, este diamante retirado da Bacia do Rio Tibagi e adjacências é estudado há muito tempo e teve vários ciclos de maior ou menor importância econômica. Os depósitos de origem secundária, minerados durante muitos anos por garimpeiros e mergulhadores em pesados escafandros, proporcionam intensos debates quanto à compreensão de sua gênese e alimentam o folclore e a cultura locais. Ao longo da evolução da ciência geológica no Paraná o entendimento sobre estes diamantes recebeu um expressivo aporte de informações, sem que, no entanto, isto resultasse em controles prospectivos ou modelos geológicos mais precisos. Rochas kimberlíticas ou lamproíticas nunca foram localizadas na região, assim como não há indícios de minerais mantélicos que pudessem ser ligados à sua gênese. A associação com as rochas sedimentares glaciogênicas do Grupo Itararé parece ser a melhor possibilidade de fonte, sem maiores comprovações, entretanto. Considerados de importância menor no panorama de produção diamantífera do Brasil, estes depósitos apresentam um contexto histórico especial de cunho científico, socioeconômico e cultural que começa a ser tratado como patrimônio na ótica da valorização da geodiversidade que ocorre em escala mundial. A correlação do conteúdo geocientífico e da história mineral com os aspectos socioculturais é o caminho para que as várias facetas deste contexto ímpar da região de Tibagi sejam devidamente consideradas. Este artigo propõe o aporte da informação geológica para o fortalecimento e valorização do patrimônio imaterial constituído pela memória da extração de diamantes no Paraná.
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