PLACERES DIAMANTÍFEROS DO RIO ITIQUIRA, MT, BRASIL.

Autores

  • Elvio Figueiredo Santana UFMT

DOI:

https://doi.org/10.5380/geo.v69i0.27123

Palavras-chave:

Itiquira, diamante, placeres, armadilhas, idade, minerais indicadores.

Resumo

Itiquira situa-se a SE de Cuiabá, no Estado de Mato Grosso e está inserida no contexto geológico da porção NW da Bacia do Paraná, que do mais antigo para o mais jovem são coberturas cretáceas (Formação Marília), terciárias (Formação Cachoeirinha) e quaternárias (Formação Pantanal). Os cascalhos inconsolidados desta última unidade são hospedeiros de diamantes, que são explorados às margens do Rio Itiquira nos garimpos conhecidos por Cambaúva, Cavoqueiro, Bode e fazendas Formosa e Velha.  Os primeiros registros sobre a extração de diamantes dos cascalhos diamantíferos remontam ao século XX, ano de 1930 e ocorreram no garimpo do Cavoqueiro, situado na margem direita do rio a aproximadamente 1 km a jusante da cidade. A região experimentou alta atividade garimpeira e descoberta de novas frentes até o ano de 1940. Desde então os garimpos entraram em declínio e a descoberta de novas frentes também. Foram realizados mapeamentos geológicos das frentes abandonadas que permitiram o empilhamento estratigráfico dos placeres, aos quais adicionamos informações sobre a idade absoluta e o estudo de química mineral em concentrados. A associação das informações geológicas e de geocronologia evidencia a existência de três eventos deposicionais aqui informalmente denominados de T0 a T2, distribuídos ao longo do canal, planícies e terraços laterais mais antigos. Utilizamos a técnica de LOE (Luminescência Opticamente Estimulada) para cinco amostras coletadas desde o canal até o terraço mais elevado. A idade mais jovem, de 660 ± 90 anos, foi obtida na amostra EIT 13 e a idade mais antiga, de 8400 ± 858 anos, na amostra EIT 05, ambas em terraço T1. O conjunto de idades mostra que os terraços diamantíferos foram depositados a partir do Holoceno e retrabalhados até 660 ± 90 anos. Amostras coletadas para estudo dos minerais pesados foram analisadas em lupa e microssonda eletrônica. Os minerais identificados foram as granadas G0, G3, G4 e G4D; o rutilo; a ilmenita; a safira; o zircão; e, óxidos secundários de ferro. A maioria dos minerais identificados não mostra associação com fontes primárias férteis em diamante, com exceção da granada G4D.

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Publicado

05.06.2013

Como Citar

Santana, E. F. (2013). PLACERES DIAMANTÍFEROS DO RIO ITIQUIRA, MT, BRASIL. Boletim Paranaense De Geociências, 68. https://doi.org/10.5380/geo.v69i0.27123

Edição

Seção

Artigos