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Emoções docentes em relação ao processo de inclusão escolar

Paula Maria Ferreira de Faria, Denise de Camargo

Resumo


O artigo apresenta uma pesquisa cujo principal objetivo foi compreender as
emoções do professor em relação ao processo de educação inclusiva e ao
aluno em inclusão a partir dos referenciais da Teoria Histórico-Cultural de
Vigotski. O estudo, de caráter qualitativo, foi realizado com três professoras
dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola municipal da periferia
do Município de Curitiba. A análise dos dados foi norteada pelos princípios
da Análise de Conteúdo de Bardin (1977) e envolveu o uso de entrevistas
estruturadas, semiestruturadas e a produção de registros fotográficos. Os
dados foram categorizados segundo as vivências das participantes como
alunas, como docentes e em relação à inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais na classe regular. Os resultados apontam, apesar da
presença de emoções agradáveis, como alegria e satisfação, o predomínio de
emoções desagradáveis relacionadas à docência inclusiva, como insegurança,
frustração e pena. O estudo indica a maior valorização dos aspectos
cognitivos, minimizando a importância da emoção no processo de inclusão
escolar. A pesquisa revela que as emoções têm sido desvalorizadas inclusive
pelas próprias docentes que, ao desconhecê-las, privam-se da possibilidade
de utilizá-las como promotoras de crescimento pessoal e transformação do
trabalho docente.


Palavras-chave


Emoções; Professores; Inclusão escolar; Teoria Histórico-Cultural; Vigotski.

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