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Currículo para os pequenos: o espaço em discussão!

Resumos

O presente artigo se dispõe a apresentar algumas notas sobre trabalhos na área de educação, em especial de Educação Infantil, sobre a temática da organização do trabalho pedagógico, elegendo o espaço como eixo do debate. Foram selecionados textos de autores nacionais e estrangeiros, frutos de produções recentes publicadas em língua portuguesa. A análise é feita, prioritariamente, a partir de contribuições advindas do campo da Geografia - em destaque para as reflexões de Milton Santos - e da História da Educação, por meio das considerações do pesquisador espanhol Antonio Viñao Frago. O objetivo é contribuir para o debate sobre currículo/propostas educativas voltadas à educação de crianças pequenas, assim como contribuir para as investigações sobre a temática do espaço escolar.

educação infantil; espaço escolar; currículo para crianças de zero a seis anos


This article examines some recent works in the education field, especially in childhood education, about subjects of pedagogy work organization, selecting the space as center of the debate. Local and international autors were selected, as a result of recent publications in the portuguese language. The analysis is done, particularly from contributions of the geography field, with Milton Santos and Historia's reflexions standing out withs the spanish researcher Antonio Viñao Frago. The goal is to contribute for the curriculum/education propositions directed to younger kids, and also add to the investigation of the school space subject.

early childhood education; school space; children's curriculum of 0 to 6 of age


DOSSIÊ - CULTURA E ESCOLA: SABERES, TEMPOS E ESPAÇOS COMO DIMENSÕES DO CURRÍCULO

Currículo para os pequenos: o espaço em discussão!

Gizele de Souza

Doutoranda em Educação: História, Política e Sociedade pela PUC/SP. Professora do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná. gizsouza@educacao.ufpr.br

RESUMO

O presente artigo se dispõe a apresentar algumas notas sobre trabalhos na área de educação, em especial de Educação Infantil, sobre a temática da organização do trabalho pedagógico, elegendo o espaço como eixo do debate. Foram selecionados textos de autores nacionais e estrangeiros, frutos de produções recentes publicadas em língua portuguesa. A análise é feita, prioritariamente, a partir de contribuições advindas do campo da Geografia - em destaque para as reflexões de Milton Santos - e da História da Educação, por meio das considerações do pesquisador espanhol Antonio Viñao Frago. O objetivo é contribuir para o debate sobre currículo/propostas educativas voltadas à educação de crianças pequenas, assim como contribuir para as investigações sobre a temática do espaço escolar.

Palavras-chave: educação infantil, espaço escolar, currículo para crianças de zero a seis anos.

ABSTRACT

This article examines some recent works in the education field, especially in childhood education, about subjects of pedagogy work organization, selecting the space as center of the debate. Local and international autors were selected, as a result of recent publications in the portuguese language. The analysis is done, particularly from contributions of the geography field, with Milton Santos and Historia's reflexions standing out withs the spanish researcher Antonio Viñao Frago. The goal is to contribute for the curriculum/education propositions directed to younger kids, and also add to the investigation of the school space subject.

Key-words: early childhood education, school space, children's curriculum of 0 to 6 of age.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

1 ROCHA (1999) analisa trabalhos apresentados na Anped no período entre 1990 a 1996, num total de 122 trabalhos - sendo 110 do Grupo de Trabalho da Criança de 0 a 6 Anos e 12 de outros Grupos de Trabalho.

2 Desde setembro/99 na 22.ª Reunião Anual da Anped, realizada em Caxambú/MG, iniciouse um processo de mobilização traduzido na constituição de um Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil, instância que congrega fóruns de Educação Infantil de diversos Estados e regiões do país. Os objetivos desse Movimento residem em três direções: possibilitar uma mobilização e articulação nacional comprometida com a Educação Infantil; atuar junto a esferas públicas, órgãos e entidades de caráter nacional, visando acompanhar e intervir nas políticas de Educação Infantil, e divulgar para a sociedade brasileira uma concepção de Educação Infantil comprometida com os direitos fundamentais das crianças e de suas famílias. Essas questões foram extraídas do 1.º Projeto do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil, de dezembro/1999.

3 O texto presente de SANTOS, intitulado "Da sociedade à paisagem: o significado do espaço do homem", foi escrito em abril de 1978, mas compõe uma coletânea de artigos, estando na sua 4.ª edição, datada de 1997.

4 THIAGO (2000), faz uma explicitação sobre "zonas circunscritas", que, segundo CARVALHO e RUBIANO, referem-se a um certo tipo de arranjo espacial que delimita claramente áreas no ambiente, em pelo menos três lados, por meio de barreiras(mobiliário, parede, desnível de solo, etc)." (CARVALHO; RUBIANO, apud THIAGO, 2000, p. 58)

5 Sobre tal perspectiva teórica são indicados vários autores, tais como: BRONFENBRENNER, MOORE, STKOLS, VALSINER etc.

6 É citado o estudo de A. Legendre, em creches francesas, sobre o papel de diferentes arranjos espaciais como suporte de interações entre crianças pequenas.

7 Algumas obras de Milton SANTOS podem ser indicadas: A natureza do espaço - técnica e tempo. Razão e emoção (1999); Espaço & método (1997); Pensando o espaço do homem (1997); Metamorfoses do espaço habitado (1997) e Técnica espaço tempo - globalização e meio técnico-científico informacional (1996).

8 São feitas indicações de documentos da "Rede para a Infância da Comissão da Comunidade Européia"; na esfera das experiências italianas são citadas as advindas da região da Toscana, de Milão, da Reggio Emilia, de Pistóia e Módena; indicação também para obra de Francesco Tonucci. Outra referência interessante do mesmo autor é: La ciudad de los niños: un modo nuevo de pensar la ciudad (1996) - tradução do livro Città dei bambini.

9 Nesse momento, FARIA recorre às questões discutidas e expressas em documento referente ao "IV Simpósio Latino-Americano de Atenção à Criança de 0 a 6 anos" e ao "II Simpósio Nacional de Educação Infantil", realizado em Brasília, em 1996.

10 Professora da Escola Superior de Educação de Santarém - Portugal.

11 Conforme explicitado no trabalho, a pesquisa realizada tomou como referência as análises de Bonfenbrenner em relação ao estudo científico dos processos educativos. A pesquisa contou também com as contribuições teóricas de Lurçat sobre a classificação de atividades do jardim de infância. Outras referências se fazem presentes, tais como: E. Hall e Albano Estrela.

12 Sobre avaliação da produção acadêmica em educação há vários estudos realizados e conhecidos, como representativo dessa empreitada cita-se o realizado por WARDE (1993), no qual indica que "mesmo situada no terreno da pesquisa científica, a produção discente nos programas de pós-graduação em educação é poupada dos crivos que estão necessariamente implicados nessa espécie de investigação" (p. 51). Sobre exame da produção acadêmica, na área de Educação Infantil, destaca-se a tese de doutorado de Eloísa ROCHA (1999) (Cf. ROCHA, E. A pesquisa em Educação Infantil no Brasil: trajetória recente de consolidação de uma Pedagogia da Educação Infantil. Florianópolis: Ed. UFSC, 1999.).

13 Ver WIGGERS, V. A Educação Infantil no projeto educacional-pedagógico municipal. Erechim: São Cristovão, 2000. Nessa obra, é reservado um breve momento para a análise da relação "Espaço e tempo" nos documentos-síntese do projeto educacional da rede municipal de Florianópolis, referentes ao período entre 1993 a 1996. Ver também REDIN, E. O espaço e o tempo da criança: se der tempo a gente brinca. Porto Alegre: Mediação, 1998. A obra dedica um momento para a questão do "Espaço e o tempo da criança". Observa-se que, nesse material, o debate se volta para as questões políticas em torno da criança e da infância, da formação dos profissionais da Educação Infantil e das responsabilidades públicas em relação a esses temas. Afirma o autor que em meio à luta pela melhoria da qualidade de vida da população brasileira, inclui-se a "luta pela transformação do espaço e do tempo de escola em espaço e tempo de alegria, de prazer e de bem-querer."(REDIN, 1998, p. 52) Ainda que necessárias tais posições, identifica-se, particularmente, um uso "arbitrário" das noções de espaço e tempo, uma utilização abstracionista desses termos.

14 Sobre essa questão - redes de qualidade - há inúmeros trabalhos (entre teses, livros, documentos de recomendações disponibilizados diariamente pelos estudiosos da área, nos contornos do território brasileiro e internacional). Não se indica aqui um material específico porque demandaria uma tarefa particular de uma revisão atualizada e ampliada sobre a questão.

15 A autora recorre a diversas referências teóricas, documentos e autores italianos sobre espaço, autores sobre a relação espaço e aprendizagem, outros sobre espaço e recursos materiais, sobre investigação do espaço na escola etc.

16 Cf. ROCHA, C. M. F. Desconstruções edificantes: uma análise da ordenação do espaço como elemento do currículo. Porto Alegre, 2000. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

17 Tomando a contribuição de Foucault e outros teóricos, alguns estudos vêm se dedicando a examinar a relação entre educação, infância e poder. Sugere-se a leitura de dois documentos interessantes: NARODOWSKI, M. Infancia y poder: la conformación de la pedagogía moderna. 2. ed. Buenos Aires: Aique, 1999; e VEIGA-NETO, A. Espaços, tempos e disciplinas: as crianças ainda devem ir à escola? In: Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p. 9-20; além de uma publicação recente da Revista Educação & Realidade (2000) - Os Nomes da Infância.

18 A relação espaço e tempo aparece em outro texto, mais recente: ALVES, N. Espaço e tempo de ensinar e aprender. In: Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender. Rio de Janeiro: DP& A, 2000.

19 O presente texto "El espacio y el tiempo escolares como objeto histórico" fora publicado, há pouco, em espanhol e encontra-se em meio a artigos organizados sob forma de uma coletânea feita por WARDE, M. J. Contemporaneidade e educação: temas de História da Educação. Rio de Janeiro: Instituto de Estudos da Cultura e Educação, 2000. O mesmo texto encontra-se em francês e está disponível em publicação da Revista Histoire de L'Education, de maio de 1998.

20 Sobre cultura escolar, há outro texto de VIÑAO FRAGO, intitulado "Por una historia de la cultura escolar: enfoques, cuestiones, fuentes", de 1998. Em 2000, publicou-se "En torno a la cultura escolar como objeto histórico", de Antonio Pintado.

21 Sugere-se um contato mais próximo junto a esse texto, na medida que apresenta, dentre outras questões, as mudanças que vêm ocorrendo no âmbito da História da Educação Brasileira, a interlocução dessa disciplina com a História Cultural e os impactos que essa interlocução tem provocado na escrita da história.

22 Alguns trabalhos que ainda não foram referidos podem ser aqui mencionados: Tiempos escolares, tiempos sociales (1998) e Espacio y tiempo, education e historia (1996).

  • ADORNO, T. Educação após Auschwitz. In: KADELBACH, G. (Org.). Educação e emancipação Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. p. 119-138.
  • ALVES, N. Espaço e tempo de ensinar e aprender. In: CANDAU, V. M. (Org.). Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p. 21-33.
  • BARBOSA, M. C. S.; HORN, M. G. S. Organização do espaço e do tempo na escola infantil. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. E. (Orgs.). Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: ArtMed, 2001. p. 67-79.
  • CARVALHO, M. I. C.; RUBIANO, M. R. B. Organização do espaço em instituições pré-escolares. In: OLIVEIRA, Z. M. R. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez, 1994. p. 107-130.
  • CARVALHO, M. M. C.; WARDE, M. Política e cultura na produção da História da Educação no Brasil. In: WARDE, M. (Org.). Contemporaneidade e Educação Temas de História da Educação. Rio de Janeiro: Instituto de Estudos da Cultura e Educação, 2000. p. 93-110.
  • CUNHA, M. H. L. Espaço real, espaço imaginário Rio de Janeiro: Uapê, 1998.
  • DUARTE, R. K. A dimensão espacial dos programas de Educação Infantil: o espaço físico e as propostas político-pedagógicas das escolas de Educação Infantil do município de São Paulo, no período de 1975 a 1985. São Paulo, 2000. Dissertação (Mestrado) -PUC-SP.
  • ESCOLANO, A.; VIÑAO FRAGO, A. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa. Tradução: Alfredo Veiga-Neto. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.
  • FARIA, A. L. G. O espaço físico como um dos elementos fundamentais para uma pedagogia da Educação Infantil. In: FARIA, A. L. G.; PALHARES, M.S. (Org.). Educação pós-LDB: rumos e desafios. Campinas: Autores Associados - FE/Unicamp, 1999. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 62).
  • MIGUEL, A.; ZAMBONI, E. (Orgs.). Representações do espaço: multidisciplinaridade na educação. São Paulo: Autores Associados, 1996.
  • MOLERO PINTADO, A. En torno a la cultura escolar como objeto histórico. In: RUIZ BERRIO, J. (Org.). La cultura escolar de Europa: tendencias históricas emergentes. Madrid: Biblioteca Nueva, 2000. p. 223-228.
  • NARODOWSKI, M. Infancia y poder: la conformación de la pedagogía moderna. 2. ed. Buenos Aires: Aique, 1999.
  • OLIVEIRA, Z. M. et al. Creches: crianças, faz de conta & cia. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
  • OS NOMES da infância. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 25, n. 1, dez.-jan./jul. 2000.
  • REDIN, E. O espaço e o tempo da criança. In: REDIN, E. (Org.). O espaço e o tempo da criança: se der tempo a gente brinca. Porto Alegre: Mediação, 1998, p. 48-52. (Cadernos Educação Infantil, 6).
  • ROCHA, C. M. F. Desconstruções edificantes: uma análise da ordenação do espaço como elemento do currículo. Porto Alegre, 2000. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio de Grande do Sul.
  • ROCHA, C. F. O espaço escolar em revista. In: COSTA, M. V. (Org.). Estudos culturais em Educação Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2000. p. 117-142.
  • ROCHA, E. A. C. A pesquisa em Educação Infantil no Brasil: trajetória recente de consolidação de uma pedagogia da Educação Infantil. Florianópolis: Ed. UFSC, 1999.
  • ______. As pesquisas sobre educação infantil no Brasil: a trajetória na ANPED (1990-1996). Pro-Posições, Campinas, v. 10, n. 1, p. 54-74, mar. 1999.
  • SANTOS, M. A natureza do espaço - técnica e tempo. Razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
  • ______. Da sociedade à paisagem: o significado do espaço do homem. In: Pensando o espaço do homem 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1997. p. 37-43.
  • ______. Espaço & método 4. ed. São Paulo: Nobel, 1997.
  • ______. Metamorfoses do espaço habitado 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
  • ______. Pensando o espaço do homem 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
  • ______. Técnica espaço tempo - globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1996.
  • SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
  • THIAGO, L. P. S. Espaço que dê espaço. In: OSTETTO, L. E. (Org.). Encontros e encantamentos na Educação Infantil Campinas: Papirus, 2000. p. 51-62.
  • TONUCCI, F. La ciudad de los niños: un modo nuevo de pensar la ciudad. Argentina: Losada/Unicef, 1996.
  • VEIGA-NETO, A. Espaços, tempos e disciplinas: as crianças ainda devem ir à escola? In: Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p. 9-20.
  • VIÑAO FRAGO, A. Espacio y tiempo, educación e historia México: Morelia, 1996.
  • ______. Tiempos escolares, tiempos sociales Barcelona: Ariel, 1998.
  • ______. El espacio y el tiempo escolares como objeto histórico. In: WARDE, M. J. (Org.). Contemporaneidade e educação Temas de História da Educação. Rio de Janeiro: Instituto de Estudos da Cultura e Educação, 2000. p. 93-110.
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  • WIGGERS, V. A Educação Infantil no Projeto Educacional-Pedagógico Municipal Erechim: São Cristóvão, 2000. p. 116-125.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Mar 2015
  • Data do Fascículo
    Jun 2001
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