Open Journal Systems

Estar ciente e fazer ciência: sobre encontros e transformações.

Guilherme José da Silva e Sá

Resumo


Neste trabalho, procuro refazer alguns dos caminhos que me (des)nortearam durante o meu trabalho de campo junto a primatólogos em uma faixa de Mata Atlântica preservada no interior do Estado de Minas Gerais. Aqui pretendo refletir sobre algumas possibilidades de etnografar relações sociais mediadas por humanos e não humanos, sujeitos-objetos e objetos-sujeitos, dentro de um contexto de produção científica. Exploro algumas implicações deste processo, analisando duas controvérsias de campo e finalizando com uma reflexão acerca da ênfase dada pelos primatólogos ao compromisso com os sujeitos-objetos pesquisados e seus devidos cuidados antirrepresentacionalistas.


Palavras-chave


antropologia da ciência; controvérsias; trabalho de campo; primatólogos

Texto completo:

PDF

Referências


ALTMANN, Jeanne. 1974. “Observational Study of Behavior: Sampling Methods”. Behavior 49: 227-67. https://doi.org/10.1163/156853974X00534

BATESON, Gregory. 2000. Steps to an Ecology of Mind. Chicago and London: The University of Chicago Press.

CALLIGARIS, Contardo. 2004. “Gorilas entre Nós”. In Calligaris, C. Terra de Ninguém. São Paulo: Publifolha.

DA MATTA, Roberto. 1980. Carnavais, Malandros e Heróis: Para uma Sociologia do Dilema Brasileiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

FAVRET-SAADA, Jeanne. 1990. “Être affecté”. Gradhiva 8: 3-9.

GEERTZ, Clifford. 1978. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

HARAWAY, Donna. 1989. Primate Visions. Gender, Race and Nature in the World of Modern Science. New York: Routledge.

LATOUR, Bruno. 2001. A Esperança de Pandora: Ensaios Sobre a Realidade dos Estudos Científicos. Bauru: EDUSC.

LATOUR, Bruno. & WOOLGAR, S. 1997. A Vida de Laboratório: A Produção dos Fatos Científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

LEE, Richard. 2004. “O destino das ‘duas culturas’: mais uma salva de tiros nas ‘guerras da ciência’”. In B. de Souza Santos (Org.) Conhecimento Prudente para uma Vida Decente. São Paulo: Cortez. Pp. 85-102.

ROSS, A. 1996. “Introduction. Primavera-verão” Social Text 46/47(14, 1 e 2):1-13.

SÁ, Guilherme. J. S. 2006. No Mesmo Galho: ciência, natureza e cultura nas relações entre primatólogos e primatas. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Museu Nacional/UFRJ.

SAHLINS, Marshall. 2001. Como Pensam os “Nativos”: Sobre o Capitão Cook, por Exemplo. São Paulo: EdUSP.

SEGERSTRALE, Ullica. 2000a. “Science and Science Studies: Enemies or Allies?”. In U. SEGERSTRALE (Org.) Beyond the Science Wars: The Missing Discourse about Science and Society. Albany: SUNY Press.

SEGERSTRALE, Ullica. 2000b. HISToRy oF SCIENCE: STIRRED, Not Shaken. h-hexa@h-net.msu.edu.

SOKAL, Alan. & BRICMONT, Jean. 1997. Impostures Intellectuelles. Paris: Editions Odile Jacob.

STRIER, Karen. B. 1992. Faces in the Forest: The Endangered Muriqui Monkeys of Brazil. New York: Oxford University Press.

TRACHTMAN, Leon E. & PERRUCCI, Robert. 2000. Science under Siege? Interest Groups and the Science Wars. Lantham, MA: Rowman and Littlefield.

VELHO, Otávio. 2005. Trajetórias e diversidade: um caso brasileiro. Texto apresentado na VI RAM, Montevideo.

VELHO, Otávio. 2003. A “persistência” do cristianismo E A dos antropólogos. Versão revista do texto apresentado durante a V reunião de antropologia do Mercosul, Florianópolis.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. B. 2004. Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation. Meeting of the Society for the Anthropology of Lowland South America (SALSA), Miami, January 17-18.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/cam.v10i1.18578

Apontamentos

  • Não há apontamentos.