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ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA FLORESTAL E USO DA TERRA NA APA DE GUARATUBA – PR

Jaqueline de Paula Heimann, Francelino Sczanoski de Jesus Júnior

Resumo


O crescimento e ocupação desordenada das terras contribuem para a perda de diversidade biológica nos biomas brasileiros. A criação de áreas especialmente protegidas, como as Áreas de Proteção Ambiental, unidades de conservação da categoria uso sustentável, consiste em um instrumento eficiente para frear tal cenário. Nesse sentido, a APA de Guaratuba, no estado do Paraná, desempenha importante papel de proteção da biodiversidade e controle da ocupação deste espaço, no entanto, é essencial que existam mecanismos de avaliação periódica do seu estado de conservação, por meio da identificação de ameaças que possam surgir à área protegida. Deste modo, o presente estudo objetivou quantificar a dinâmica da ocupação da terra na Área de Proteção Ambiental de Guaratuba – PR. Mapas temáticos de classificação da cobertura da terra foram elaborados para os anos de 1992 e 2017, no intuito de analisar as alterações ocorridas na área de estudo neste mesmo período. Foram utilizadas imagens a partir do TM Landsat, realizou-se a correção atmosférica das imagens com base no método Dark Object Subtraction (DOS). O sistema de projeção adotado foi o Universal Transversa de Mercator – UTM, fuso 22 Sul, Datum WGS-84. Foram definidas as classes de uso e iniciou-se o processo de classificação das imagens, empregando o Software ArcGis para a classificação supervisionada, a partir do algoritmo Maximum Likelihood – Maxver. Os resultados mostram que, ao longo dos 25 anos as áreas ocupadas por floresta nativa, agricultura e áreas consolidadas aumentaram, ao passo que as áreas ocupadas com água, campos, mangue e reflorestamentos diminuíram. Os coeficientes Kappa determinados para as classificações tanto de 1992 quanto 2017 apresentaram qualidade “muito boa” ou “concordância substancial”, confirmando a acurácia da amostragem. Conclui-se que as principais modificações ocorreram nas classes agricultura e reflorestamento, havendo o aumento das áreas utilizadas para agricultura (0,60%) e diminuição dos reflorestamentos (-0,61%).


Palavras-chave


Sensoriamento remoto; Unidade de conservação; Uso e ocupação da terra

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/biofix.v6i1.76076

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