FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA ESTUDO COMPARATIVO DAS TÉCNICAS CONVENCIONAIS COM A TÉCNICA DE EXPIRAÇÃO LENTA E PROLONGADA
DOI:
https://doi.org/10.5380/acd.v23i2.84322Palavras-chave:
bronquiolite, fisioterapia respiratória, pediatria, técnica de expiração lenta e prolongadaResumo
A Bronquiolite Viral Aguda (BVA) é a infecção das vias aéreas inferiores mais prevalente em crianças nos dois primeiros anos de vida. O diagnóstico é feito pela história clínica, exame físico, tiragem subcostal, estertores finos, sibilos e taquipneia. O objetivo deste estudo foi comparar as técnicas de fisioterapia respiratória convencional com a técnica de expiração lenta e prolongada (ELPR) associada a nebulização com solução salina hipertônica a 3% (SSH) por meio do escore clínico de gravidade – escore de Wang avaliando o tempo de oxigenioterapia, internação e morbidade em lactentes com BVA. Estudo randômico, com 80 pacientes hospitalizados em unidade de emergência pediátrica com idade abaixo de 24 meses e com diagnóstico de BVA. Todos os pacientes foram avaliados por meio de escore clínico de gravidade de Wang no momento pré-fisioterapia, nas 24 e 48 horas. O pesquisador realizava a pontuação do escore no momento pré-fisioterapia, e após a fisioterapia nos 30 e 60 minutos por dois avaliadores independentes. O grupo controle (GC - 40) foi submetido às técnicas convencionais, nebulização com solução salina hipertônica a 3% e aspiração de vias aéreas superiores. O grupo de estudo (GE - 40) recebeu fisioterapia respiratória com a técnica de expiração lenta e prolongada nebulização com solução salina hipertônica a 3%, e aspiração de vias aéreas superiores. Observou-se que, nos dois grupos, houve redução dos escores de gravidade em todos os momentos da avaliação. O GE apresentou menores valores do escore entre os momentos 30 minutos e até 24 horas com p= 0,02, e pré-fisioterapia de 48 horas com p < 0,001. A mediana do tempo de internação foi de três dias (2,0 – 19,0) no GC e de quatro dias (2,0 – 22,0) no GE com p=0,42 sem significância estatística entre os grupos. Conclusão: A ELPR em lactentes com bronquiolite viral aguda quando comparada às técnicas convencionais de fisioterapia respiratória não proporcionou menor tempo de internação, porém promoveu menor desconforto respiratório evidenciado por menores escores clínicos de gravidade em todos os momentos das avaliações.
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