PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: UTILIZAÇÃO DAS FOLHAS DE “ORA-PRO-NOBIS” (PERESKIA ACULEATA MILL, CACTACEAE) NO CONSUMO HUMANO.
DOI:
https://doi.org/10.5380/acd.v21i3.76001Palavras-chave:
ora-pro-nobis, Pereskia aculeata, carne de pobre, proteína, suplementação proteica, vegano, vegetariano.Resumo
A ora-pro-nobis (Pereskia aculeata) é uma cactácea popularmente conhecida como “carne de pobre” devido ao seu uso popular pelo teor de proteína encontrado em suas folhas e seu baixo custo, sendo classificada como uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC). Possui ampla distribuição, sendo encontrada principalmente na América Central, Índia Oriental, América do Norte e no Brasil, reforçando a sua característica de ser facilmente cultivada sem depender de um solo fértil, conferindo à Pereskia aculeata um notável potencial para sua aplicação na prevenção e no tratamento de condições relacionadas a deficiências nutricionais. Tendo em vista todos os benefícios da planta, o objetivo geral do trabalho consistiu em analisar a composição química e nutricional da “ora-pro-nobis” a fim de difundir sua utilização à população vegetariana e vegana, sendo os objetivos específicos o desenvolvimento de uma farinha e aplicação de um questionário para avaliar o perfil de consumo da cactácea. Para isso, as folhas de ora-pro-nobis foram coletadas na cidade de Campo Largo e, em sequência, higienizadas e passadas por um processo de quarteamento para subsequente amostragem. Foram feitas análises morfológicas superficiais, determinações de umidade, de proteínas, de lipídios, de fibras, de minerais e de carboidratos, seguindo as metodologias do Instituto Adolfo Lutz (IAL) e a Association of Official Agricultural Chemists (AOAC), e aplicação de um questionário por meio da plataforma Google Formulários. A partir disso, os resultados para proteínas encontrados foram relativamente mais baixos quando comparados à literatura, sendo isso justificado pela sazonalidade. Por fim, pode-se concluir a partir dos resultados que a Pereskia aculeata supre o papel como fonte alternativa de proteínas se consumida na forma de farinha. Além disso, obteve-se no questionário que o consumo mais prevalente da ora-pro-nobis era in natura ou na forma de saladas, reforçando a importância da divulgação do presente trabalho acadêmico à comunidade externa, visto que consumindo a cactácea na sua forma fresca, não se obtém uma quantidade significante de proteínas.
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