A PRÁTICA DE GRUPOS BALINT E A PERCEPÇÃO DO PACIENTE INTERNADO EM HOSPITAL GERAL

Autores

  • Vinicius FERNANDES Universidade Estadual de Ponta Grossa
  • Regina Célia Veiga DA FONSECA Universidade Estadual de Ponta Grossa

DOI:

https://doi.org/10.5380/acd.v18i2.53327

Palavras-chave:

Grupos Balint, Medicina, Adoecimento, Aspectos emocionais

Resumo

As questões emocionais vividas pelos pacientes e as formas para lidar com o tema são alvo de discussões há tempos, tanto no meio acadêmico, quanto no meio profissional e no âmbito da saúde. Michael Balint foi um dos pioneiros na abordagem subjetiva do paciente em relação ao seu adoecimento e, assim, desenvolveu os grupos Balint, que contribuiu para a humanização do cuidado para além das questões biológicas das doenças. Hoje se tem falado muito nesse contexto e o quanto isso influencia no cotidiano dos profissionais de saúde. Conversas e, sobretudo, relações humanizadas com o paciente podem ajudá-lo a enfrentar melhor o adoecimento e, também, melhorar a relação médico-paciente possibilitando ampliar diagnósticos e melhorar terapêuticas. Objetivos: avaliar a percepção do paciente internado em relação ao atendimento recebido com grupos Balint; apontar a mobilização emocional do paciente após seu atendimento com grupos Balint; identificar a contribuição da prática com grupos Balint nas reações do paciente em relação ao seu adoecimento e tratamento. Método: Pesquisa transversal, de métodos mistos, que integra abordagens quantitativas e qualitativas. O estudo contou com a participação de 40 pacientes internados no Hospital Santa Casa de Misericórdia e que foram entrevistados na modalidade de Grupos Balint. Os instrumentos utilizados foram uma entrevista fenomenológica e a um questionário estruturado, aplicados aos pacientes, de forma individual. A análise dos dados qualitativos foi realizada por meio de quadros com o núcleo das respostas transcritos, enquanto os dados quantitativos estão em gráficos e demonstram as respostas em relação às perguntas do questionário. Resultados: as respostas da entrevista fenomenológica variaram de acordo com a vivência e experiência de cada paciente, mas a maioria dos comentários foi de satisfação e de benefício com esse diálogo. O mesmo se constatou para o questionário estruturado onde a positividade mostrou-se presente em todas as perguntas avaliadas. Conclusão: a busca pelo acolhimento e compreensão dos sentimentos envolvidos em cada paciente após a conversa com os grupos Balint nos mostra a dimensão do cuidado, o valor da relação estudante/médico-paciente além do acolhimento que esses indivíduos necessitam, não puramente no âmbito biológico, mas psicossocial, fazendo uso de estratégias que melhorem a empatia, a humanização e o estreitamento dos laços com os internados, seja em consultório particular, clínicas, ou hospitais.

Biografia do Autor

Vinicius FERNANDES, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Estudante de medicina pela Universidade Estadual de Ponta Grossa - PR

Regina Célia Veiga DA FONSECA, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Biotecnologia aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente pela Faculdades Pequeno Príncipe (FPP); Mestre em Mídia e Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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Publicado

24-07-2017

Como Citar

FERNANDES, V., & DA FONSECA, R. C. V. (2017). A PRÁTICA DE GRUPOS BALINT E A PERCEPÇÃO DO PACIENTE INTERNADO EM HOSPITAL GERAL. Visão Acadêmica, 18(2). https://doi.org/10.5380/acd.v18i2.53327

Edição

Seção

Artigos