A PRÁTICA DE GRUPOS BALINT E A PERCEPÇÃO DO PACIENTE INTERNADO EM HOSPITAL GERAL
DOI:
https://doi.org/10.5380/acd.v18i2.53327Palavras-chave:
Grupos Balint, Medicina, Adoecimento, Aspectos emocionaisResumo
As questões emocionais vividas pelos pacientes e as formas para lidar com o tema são alvo de discussões há tempos, tanto no meio acadêmico, quanto no meio profissional e no âmbito da saúde. Michael Balint foi um dos pioneiros na abordagem subjetiva do paciente em relação ao seu adoecimento e, assim, desenvolveu os grupos Balint, que contribuiu para a humanização do cuidado para além das questões biológicas das doenças. Hoje se tem falado muito nesse contexto e o quanto isso influencia no cotidiano dos profissionais de saúde. Conversas e, sobretudo, relações humanizadas com o paciente podem ajudá-lo a enfrentar melhor o adoecimento e, também, melhorar a relação médico-paciente possibilitando ampliar diagnósticos e melhorar terapêuticas. Objetivos: avaliar a percepção do paciente internado em relação ao atendimento recebido com grupos Balint; apontar a mobilização emocional do paciente após seu atendimento com grupos Balint; identificar a contribuição da prática com grupos Balint nas reações do paciente em relação ao seu adoecimento e tratamento. Método: Pesquisa transversal, de métodos mistos, que integra abordagens quantitativas e qualitativas. O estudo contou com a participação de 40 pacientes internados no Hospital Santa Casa de Misericórdia e que foram entrevistados na modalidade de Grupos Balint. Os instrumentos utilizados foram uma entrevista fenomenológica e a um questionário estruturado, aplicados aos pacientes, de forma individual. A análise dos dados qualitativos foi realizada por meio de quadros com o núcleo das respostas transcritos, enquanto os dados quantitativos estão em gráficos e demonstram as respostas em relação às perguntas do questionário. Resultados: as respostas da entrevista fenomenológica variaram de acordo com a vivência e experiência de cada paciente, mas a maioria dos comentários foi de satisfação e de benefício com esse diálogo. O mesmo se constatou para o questionário estruturado onde a positividade mostrou-se presente em todas as perguntas avaliadas. Conclusão: a busca pelo acolhimento e compreensão dos sentimentos envolvidos em cada paciente após a conversa com os grupos Balint nos mostra a dimensão do cuidado, o valor da relação estudante/médico-paciente além do acolhimento que esses indivíduos necessitam, não puramente no âmbito biológico, mas psicossocial, fazendo uso de estratégias que melhorem a empatia, a humanização e o estreitamento dos laços com os internados, seja em consultório particular, clínicas, ou hospitais.
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