QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS CASCAS DO CAULE DE Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb. COMERCIALIZADAS EM SÃO LUÍS/MARANHÃO

Autores

  • Flavia Maria Mendonça do Amaral
  • Luís Marcelo Vieira Rosa
  • Denise Fernandes Coutinho
  • Luís Henrique Gonçalves
  • Maria Nilce Ribeiro

DOI:

https://doi.org/10.5380/acd.v2i2.488

Palavras-chave:

Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb., Bignoniaceae, drogas vegetais, controle de qualidade, contaminação microbiológica, vegetable drug, quality control, microbiological contamination.

Resumo

A qualidade das cascas do caule de Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb. (Bignoniaceae), conhecida como pau darco roxo, largamente empregada na prática popular, foi avaliada realizando-se análise qualitativa de pesquisa para fungos. Em mercados públicos da capital maranhense foi realizada amostragem aleatória simples das bancas de venda de plantas para uso medicinal, totalizando doze bancas selecionadas. No período de setembro/2000 a fevereiro/ 2001, amostras das cascas do caule Tabebuia avellanedae, foram adquiridas, por compra, em triplicata, nessas localidades. Na análise microbiológica, fragmentos uniformes das amostras comerciais foram inoculados em placas com meios ágar Sabouraud dextrose e ágar batata, mantidas em temperatura ambiente de 5 a 7 dias. Ocorrido crescimento de colônias de fungos, realizou-se a técnica de microcultivo em lâmina, utilizando lactofenol azul de algodão como corante. A identificação das espécies de fungos foi fundamentada na morfologia macroscópica das colônias e no estudo dos órgãos vegetativos e de frutificação do fungo cultivado pela técnica de microcultivo. Foram identificados fungos Absidia ssp., Rhizopus ssp., Penicillium ssp., Aspergillus flavus, Aspergillus fumigatus e Aspergillus niger, este último presente em todas as amostras analisadas. Os resultados comprovam a má qualidade das amostras comerciais de pau darco roxo comercializadas em mercados de São Luís/MA; comprovando-se fungos não permitidos pela legislação vigente e literatura especializada; expondo o consumidor ao risco real de utilização de droga vegetal imprópria para o consumo, evidenciando-se, assim, a necessidade da adoção de programa de fiscalização, vigilância e controle de qualidade domaterial vegetal disponibilizado para comercialização para fins medicinais em mercados.

MICROBIOLOGICAL QUALITY OF WOOD BARKS OF Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb. COMMERCIALIZED IN SÃO LUÍS/MARANHÃO

Abstract

The quality of wood barks of Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb. (Bignoniaceae), known as pau darco roxo, widely used in popular medicine, was evaluated by means of qualitative analysis of fungus. In public markets of the Maranhão capital it was carried through a simple random sampling of the sales banking of herbal medicinal, totaling twelve selected banking. During September/2000 to February/2001 samples of wood barks of Tabebuia avellanedae were acquired, by purchase in triplicate. In the microbiological analysis, uniform fragments of these commercial samples were inoculated in dishes with agar Sabouraud dextrose and agar potato held at room temperature from 5 to 7 days. After the growth in colonies of fungus, microcultive in lamina was made having blue lactophenol of cotton as ink. Identification of species of fungus was based on macroscopic morphology of colonies in the study of vegetative organs and of fructification ofmicrocultive cultivated fungus. Absidia ssp., Rhizopus ssp., Penicillium ssp., Aspergillus flavus, Aspergillus fumigatus e Aspergillus niger were identified, being this last one present in all analyzed samples. The results proved the bad quality of the samples of pau darco roxo commercialized at markets in São Luís/ MA; also proven not allowed fungus by legislation in validity and specialized literature, exposing customers to risks of using vegetal drugs which are unfit for human consumption, which evidences therefore the need of a program of inspection, vigilance and quality control of vegetal drugs available for sale with medicinal aim at market places.

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Como Citar

do Amaral, F. M. M., Rosa, L. M. V., Coutinho, D. F., Gonçalves, L. H., & Ribeiro, M. N. (2001). QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DAS CASCAS DO CAULE DE Tabebuia avellanedae Lor. ex Griseb. COMERCIALIZADAS EM SÃO LUÍS/MARANHÃO. Visão Acadêmica, 2(2). https://doi.org/10.5380/acd.v2i2.488

Edição

Seção

Artigos