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HEPATITE B CRÔNICA: UMA REVISÃO SOBRE OS ASPECTOS CLÍNICOS E TERAPÊUTICOS

Astrid Wiens, Cassyano Januário Correr, Roberto Pontarolo

Resumo


A hepatite B crônica (HBC) atinge cerca de 1% da população brasileira, sendo seu curso afetado principalmente pelo nível de replicação viral e pela resposta imune do organismo, podendo ser dividida em diferentes fases. Na fase após a transmissão perinatal não é indicado tratamento, pois é assintomática. Na fase imunoativa ocorre uma replicação viral pronunciada, com destruição dos hepatócitos pelo sistema imune. Nessa fase os pacientes devem ser tratados até que ocorra a soroconversão, caracterizada principalmente pela negativação do HBeAg e diminuição nos níveis de HBV-DNA. Os tratamentos atualmente utilizados no Brasil, conforme protocolo clínico para o tratamento da HBC são o interferon alfa (convencional ou peguilado), e os análogos nucleosídeos lamivudina, entecavir, adefovir dipivoxil e tenofovir. Os análogos nucleosídeos agem através da inibição das polimerases virais, enquanto que o interferon alfa age inibindo a síntese do DNA viral, além da sua ação imunomoduladora. Cabe ao clínico a escolha do tratamento, sendo que qualquer um destes pode ser utilizado como primeira escolha. É essencial acompanhar o paciente e avaliar a resposta viral à terapia utilizada.


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/acd.v11i2.21373